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Fase de defesa dos réus do mensalão termina nesta quarta

A previsão é que os ministros comecem a votar hoje, após a exposição dos advogados dos três réus que ainda não foram defendidos na tribuna

O ministro Joaquim Barbosa, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, no julgamento do mensalão (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro Joaquim Barbosa, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, no julgamento do mensalão (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 08h36.

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) encerra hoje (15) a primeira etapa do julgamento do mensalão, destinada à defesa oral dos 38 réus do processo. A previsão é que os ministros comecem a votar hoje, após a exposição dos advogados dos três réus que ainda não foram defendidos na tribuna.

O julgamento será retomado com as considerações de José Luiz Alves, que era chefe de gabinete do Ministério dos Transportes entre 2003 e 2004. Ele é acusado do crime de lavagem de dinheiro por ter sacado quantias no Banco Rural em nome do então ministro Anderson Adauto. O saque é confirmado pela defesa, mas os advogados sustentam que Alves não sabia da origem ilegal da verba.

Os últimos réus defendidos na tribuna serão o publicitário Duda Mendonça e a sócia dele Zilmar Fernandes Silveira, que atuaram na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente da República em 2002. Ambos são acusados dos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro por terem recebido dívidas da campanha por meio do esquema ilícito montado por Marcos Valério.

Os advogados atestam que os dois receberam por um serviço efetivamente prestado ao PT e que não sabiam da existência de organização criminosa para viabilizar o pagamento. A defesa alega ainda que não houve crime de evasão de divisas porque as transferências seguiram as normas permitidas pelo Banco Central à época.

A votação será iniciada logo em seguida, mas os ministros ainda não devem entrar na análise de culpa ou inocência dos réus. Eles devem definir questões preliminares do julgamento que estão em aberto, como a alegação do réu Carlos Alberto Quaglia de que teve o direito de defesa cerceado. Essa decisão pode levar parte do processo a ser anulado.

Os ministros também devem definir como será o sistema de votação – se cada magistrado dirá todo o voto de uma só vez ou se a votação será dividida de acordo com cada situação criminosa apontada pelo Ministério Público. Essa definição será decisiva para determinar se o ministro Cezar Peluso irá participar do julgamento, pois ele se aposenta no início de setembro.

Uma reunião administrativa está prevista para o começo da noite entre os ministros da Corte, mas segundo a assessoria do STF, o tema mensalão não está na pauta. Entre os assuntos que devem ser discutidos estão a proposta de orçamento do Tribunal para 2013 e o uso de iniciais para identificar os réus em processos criminais que tramitam na Corte.

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