Brasil

Fará muita falta ao país, diz Joaquim Barbosa sobre Teori

O ex-presidente do STF lembrou que "Teori ascendeu ao Supremo" quando ele ainda exercia a presidência da Corte máxima

Teori: "empossei-o no finalzinho de 2012", lembrou (Carlos Humberto/SCO/STF/Divulgação)

Teori: "empossei-o no finalzinho de 2012", lembrou (Carlos Humberto/SCO/STF/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 16h23.

São Paulo - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (2012/2014) afirmou em sua rede social que o ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo nesta quinta-feira, 19, "fará muita falta ao País".

Teori e outras quatro pessoas estavam em um bimotor que caiu no mar de Paraty, litoral do Rio.

"Estou chocado e muito triste com a trágica morte do nosso querido Teori Zavascki. À família, minhas condolências e votos de solidariedade. Era um juiz primoroso sobre o qual repousavam, nesse delicado momento por que passa o País, enormes responsabilidades", escreveu em seu Twitter na noite desta quinta.

Em uma das mensagens, Joaquim Barbosa lembrou que "Teori ascendeu ao Supremo" quando ele ainda exercia a presidência da Corte máxima.

"Empossei-o no finalzinho de 2012", lembrou. "Eu tinha grande admiração pelo trabalho que o Teori vinha realizando no Supremo. Fará muita falta ao País, sem dúvida."

A aeronave que levava Teori decolou do Campo de Marte, aeroporto localizado em São Paulo, às 13h, e caiu por volta das 13h45, segundo a Marinha.

Informações disponíveis no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revelam que o Beechcraft C90GT tem capacidade para sete passageiros, além do piloto. É um avião bimotor turboélice fabricado pela Hawker Beechcraft.

A aeronave PR-SOM está registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada.

Relator da Lava Jato na Corte, o ministro era o responsável por conduzir os desdobramentos da maior investigação de combate à corrupção no País que envolvem autoridades com foro privilegiado.

Teori estava empenhado, nos últimos meses, na análise da delação premiada dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, o mais importante acordo celebrado pela operação até aqui e que aguarda homologação.

Até então, o ministro já havia homologado 24 delações premiadas no âmbito da operação que implicam políticos dos principais partidos do País, da base e da oposição do governo federal.

Teori foi ministro do Supremo a partir de 29 de novembro de 2012. Ele presidiu a 2.ª Turma da Corte entre 2014 e 2015.

Acompanhe tudo sobre:Joaquim BarbosaOperação Lava JatoSupremo Tribunal Federal (STF)Teori Zavascki

Mais de Brasil

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi