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Famílias de mortos em tragédia da Chape fazem acordo por fundo humanitário

No comunicado, escritório de advocacia não informa quantas pessoas assinaram o acordo nem o dinheiro que essas famílias receberão

Homenagem às vítimas da Chapecoense: "Grupos de famílias dos passageiros sobreviventes e falecidos acolheram e continuam entrando neste Fundo Humanitário que Funciona no Brasil", disse a Bisa em comunicado (Fredy Builes/Reuters)

Homenagem às vítimas da Chapecoense: "Grupos de famílias dos passageiros sobreviventes e falecidos acolheram e continuam entrando neste Fundo Humanitário que Funciona no Brasil", disse a Bisa em comunicado (Fredy Builes/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 19h04.

La Paz - Um primeiro grupo de parentes de vítimas da tragédia aérea com a Chapecoense, que completa dois anos nesta quarta-feira, 28, assinou documentos para ter acesso a um Fundo de Assistência Humanitária proposto pela seguradora boliviana Bisa.

As informações foram divulgadas pelo escritório de advocacia Clyde & Co, que disse que algumas dessas famílias assinaram os documentos transnacionais para garantir esses recursos. A Bisa foi contratada pela companhia aérea Lamia, responsável pelo voo que levava a Chapecoense até a Colômbia para a disputa da decisão da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

No comunicado, o Clyde & Co não informa quantas pessoas assinaram o acordo nem o dinheiro que essas famílias receberão. "Grupos de famílias dos passageiros sobreviventes e falecidos acolheram e continuam entrando neste Fundo Humanitário que Funciona no Brasil", disse a Bisa em comunicado.

A seguradora boliviana afirma na nota que espera que as demais famílias das vítimas do voo da Lamia assinem a documentação para serem beneficiadas pelo Fundo de Assistência Humanitária. "Qualquer família afetada que confirme o desejo de assinar os documentos terá até 28 de março de 2019", informou a seguradora.

A Bisa criou o fundo para indenizar as famílias das vítimas, mas, ao aceitar o dinheiro, eles precisam abrir mão do direito de poder processar eventuais responsáveis pela tragédia no futuro. Segundo a seguradora, o fundo é uma forma para que os parentes dos passageiros sobreviventes e falecidos na queda do avião da Lamia não tenham que "enfrentar procedimentos embaraçosos, incorrer em despesas significativas ou atrasos através de litígios".

Há exatos dois anos, no dia 28 de novembro de 2018, um avião da companhia aérea boliviana Lamia que levava jogadores e dirigentes da Chapecoense, além de jornalistas, até a Colômbia caiu perto da cidade de Medellín após ficar sem combustível.

Morreram na queda 71 dos 77 passageiros. Os seis sobreviventes são os jogadores Neto, Alan Ruschel e Jakson Follmann, o jornalista Rafael Henzel e dois funcionários da companhia aérea.

Em outubro, uma comissão da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense foi até a Bolívia para buscar mais informações sobre o fundo, a possível indenização e o andamento das investigações sobre a queda do voo da Lamia. No entanto, os representantes do grupo conseguiram poucas respostas.

No ano passado, a seguradora foi processada pela Chapecoense, mas a Bisa se negou a pagar a apólice da Lamia ao alegar que o voo operava em uma situação irregular que fugia ao contrato - as empresas não aceitam voos com aviões fretados para a Colômbia devido à atuação das guerrilhas no país.

No entanto, as autoridades bolivianas consideraram posteriormente que a apólice era válida e que a Bisa deveria indenizar os familiares das vítimas do voo da Chapecoense.

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