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Família de Marielle pede que Moro se afaste de investigação

Ontem, durante inauguração de uma delegacia em Curitiba, o ministro disse que "talvez seja o caso" de federalizar a apuração

Sergio Moro: ministro passou a defender a federalização das investigações da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes (Adriano Machado/Reuters)

Sergio Moro: ministro passou a defender a federalização das investigações da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de novembro de 2019 às 12h52.

A família da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, divulgou nota onde discorda da postura do ministro da Justiça, Sergio Moro, que passou a defender a federalização das investigações da morte da política e do motorista Anderson Gomes.

"O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve avanços importantes e por isso somos favoráveis a que a instituição permaneça responsável pela elucidação caso", disse a família em nota assinada por parentes e pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSOL).

De acordo com a nota, o ministro sempre demonstrou pouco interesse pelas investigações do crime. "Somente após a menção ao presidente da República, Jair Bolsonaro, no inquérito, o ministro começou a se declarar publicamente a favor da federalização. Acreditamos que Sergio Moro contribuirá muito mais se ele permanecer afastado das apurações", afirmaram em nota Marinete da Silva (mãe), Antonio Francisco da Silva (pai), Anielle Franco (irmã), Monica Benício (esposa) e Marcelo Freixo.

Ontem, durante inauguração de uma delegacia em Curitiba, o ministro disse que "talvez seja o caso" de federalizar a apuração.

Segundo o Broadcast Político, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, a terceira seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve analisar até dezembro o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para federalizar as investigações do assassinato da vereadora e do motorista, e que a tendência é de aprovação.

Se for federalizado, o caso passaria a ser conduzido pela Justiça Federal e assim as investigações seriam assumidas pela Polícia Federal, comandada por Moro, saindo da alçada da Polícia Civil e da Justiça do Rio de Janeiro.

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