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Família de Elize não planeja pedir guarda da filha do casal

Mãe da viúva de Matsunaga soube do crime pela TV - e não saiu mais de casa

Em Chopinzinho, a família de Elize tem uma vida humilde. A notícia do crime e esquartejamento abalou a cidade (Stock.xchng)

Em Chopinzinho, a família de Elize tem uma vida humilde. A notícia do crime e esquartejamento abalou a cidade (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 20h54.

Na terça-feira, como fazia diariamente, Dilta Araújo, de 56 anos, funcionária da prefeitura de Chopinzinho, a 400 quilômetros de Curitiba, no Paraná, assistia ao noticiário pela televisão antes de sair para o trabalho. Em tratamento contra um câncer, ela havia voltado há pouco tempo de uma licença médica e estava animada com a volta ao trabalho, dedicando-se como antes à limpeza do Ginásio de Esportes Dionisto Debona. O telejornal mudou tudo para ela.

Pela televisão, ela soube que sua filha mais velha, Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38 anos, havia confessado o assassinato e o esquartejamento do empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, com quem era casada e de quem tem uma filha. “Foi um choque”, disse ao site de Veja Auro Almeida Garcia, advogado da família em Chopinzinho.

“Ela ficou perplexa com o que viu. Para a família, Elize e o marido viviam bem em São Paulo. Não havia conhecimento de nada, de nenhuma divergência entre o casal”, contou.

Por enquanto, segundo Garcia, não há previsão de que Dilta e a família viagem a São Paulo. Muito abalada com a notícia, ela tem passado os dias dentro de casa. Para preservá-la do assédio da imprensa e dos moradores da cidade, a prefeitura lhe deu licença.

Em Chopinzinho, a família de Elize tem uma vida humilde. Na casa simples, vivem a mãe, o padrasto e as duas irmãs mais novas, uma delas do segundo casamento da mãe. A notícia abalou a cidade que tem pouco menos de 20.000 habitantes. “É uma família tradicional daqui. São pessoas queridas na cidade. Todos muito trabalhadores”, afirmou Almeida Garcia.

Irmã de Dilta, Roseli – que trabalha como auxiliar de enfermagem em um hospital de Chopinzinho – viajou para São Paulo para ficar temporariamente com a filha do casal. A família de Elize ainda não pediu a guarda da criança e, de acordo com o advogado da família, “ainda não há motivos para que entrem com o pedido”.

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