Bolsonaro: em dezembro do ano passado, a empresa comunicou um programa de investimentos de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3,17 bilhões) na Argentina (Evaristo Sá/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 11h33.
Última atualização em 12 de janeiro de 2021 às 12h53.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, 12, a apoiadores que o fechamento dos parques fabris da Ford no Brasil aconteceu porque a empresa "perdeu para a concorrência" e "em um ambiente de negócios, quando não se tem lucro, se fecha". "Assim é na vida e na nossa casa", completou o presidente que disse lamentar a escolha da montadora de encerrar a produção no País e do fechamento de 5 mil postos de trabalho.
Em dezembro do ano passado, a empresa comunicou um programa de investimentos de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3,17 bilhões) na Argentina.
Segundo Bolsonaro, "faltou a Ford dizer a verdade: eles querem subsídios".
O presidente da República afirmou também que a montadora recebeu R$ 20 bilhões em renúncia fiscal do governo e subsídios e questionou aos apoiadores se estes gostariam de continuar "dando R$ 20 bilhões a eles".
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (12) a apoiadores que a Ford manteve a fábrica na Bahia até então "por decisão do senador Antônio Carlos Magalhães, o tal do ACM", morto em 2007. Bolsonaro elogiou o parlamentar que também foi governador do Estado e ministro das Comunicações durante o fim da ditadura militar.
"ACM podia ter todos os defeitos do mundo, mas era uma pessoa amada na Bahia", disse Bolsonaro. "ACM lutou e a Ford ficou lá. Agora o governador de lá Rui Costa (PT), que tem senadores com ele, não teve a capacidade de se antecipar ao problema e buscar possíveis soluções", disse o presidente. "Se bem que a solução que queriam buscar, repito, eram bilhões de reais a título de subsídios", emendou na sequência.