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Falta de ônibus dificulta vida de cariocas

Cerca de 95% da frota não está operando; reunião entre governo e empresas nesta sexta deve decidir como prosseguir

Cada ônibus queimado rende um prejuízo de R$ 250 mil às empresas  (André Nazareth/Strana/Veja Rio)

Cada ônibus queimado rende um prejuízo de R$ 250 mil às empresas (André Nazareth/Strana/Veja Rio)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 08h36.

Rio de Janeiro - A ida para o trabalho na manhã de hoje (26) foi complicada para muitos cariocas que precisam sair cedo de casa. Com medo de novos incêndios, diante da onda de ataques a veículos no Rio de Janeiro, as empresas de ônibus retiraram 95% da frotas de circulação à noite e durante a madrugada.

A ascensorista Cláudia Maria, que mora na Penha, zona norte da cidade, disse que saiu de casa meia hora mais cedo, mas ainda assim chegou mais tarde ao trabalho, no centro da cidade.

“Saí de casa pouco depois das 5h e quase não tinha ônibus. Tive que andar até a Avenida Brasil, três pontos à frente de onde eu costumo pegar. O problema é que, quando passava um, vinha muito cheio. Foi difícil chegar hoje”, afirmou.

Morador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o auxiliar de serviços gerais José Gomes também encontrou dificuldade para chegar ao centro da cidade nesta manhã.

“Demorei quase três horas pra chegar ao trabalho hoje porque o ônibus não passava. E ainda tive que vir em pé, porque, como tinha poucos, o que passava enchia logo”, contou.

Para contornar a situação, está marcada para hoje (26) uma reunião entre o Rio Ônibus, sindicato que reúne as empresas de transporte coletivo da capital fluminense, e a Subsecretaria de Fiscalização, ligada à Secretaria Municipal de Transportes, com o objetivo de definir a manutenção de uma frota mínima para atender a população.

Desde o último domingo (21), quando começaram os ataques a veículos, mais de dez ônibus foram incendiados. De acordo com o sindicato, cada ônibus queimado representa um prejuízo de R$ 250 mil para as empresas.

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