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Falar de impeachment é 'impensável', diz Temer

O vice-presidente disse ainda que suas relações com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são "as melhores possíveis"


	Michel Temer, vice-presidente: Temer fez as declarações após encerrar o Seminário Empresarial Brasil-Portugal
 (Getty Images)

Michel Temer, vice-presidente: Temer fez as declarações após encerrar o Seminário Empresarial Brasil-Portugal (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 12h47.

Lisboa - O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse nesta segunda-feira, 20, em Lisboa que é "impensável" discutir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Eu acho impensável, porque nós temos que ter tranquilidade institucional no nosso País", disse o peemedebista. "Não podemos abalar as nossas instituições democráticas falando desse assunto. Volto a dizer: é matéria impensável."

Temer fez as declarações após encerrar o Seminário Empresarial Brasil-Portugal, em que participaram empresários dos dois países.

O vice-presidente disse ainda que suas relações com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são "as melhores possíveis" e que o correligionário fez uma declaração "extremamente útil" quando disse não cabe a hipótese de impedimento da presidenta da República.

No domingo, ao participar de evento empresarial em Comandatuba, Cunha afirmou que não aceitaria pedido de abertura de processo de impeachment com base em fatos ocorridos no mandato anterior de Dilma.

"Isto (aceitar o pedido de impeachment) é uma tarefa, digamos assim, do PMDB", afirmou Temer. "O PMDB está nessa posição e o Eduardo Cunha está retratando precisamente esta posição."

Sabatina

Questionado se o PMDB está unido em relação à aprovação do jurista Luiz Edson Fachin para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal, Temer disse que ele "é um jurista da melhor qualidade" e que "o Senado estará sensibilizado exatamente para as qualificações jurídicas" de Fachin. Em entrevista publicada pelo jornal Estado de S. Paulo nesta segunda, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse não poder garantir previamente a aprovação do nome do jurista na sabatina.

Manifestações

Temer falou ainda sobre as manifestações no país. "O povo, quando vai às ruas, pede melhorias", disse. "O que nós temos de fazer, abertos ao alerta feito pelo povo, é exatamente atender a esses pleitos."

Pela manhã, o vice-presidente foi recebido em audiência pelo Presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva. A agenda de Temer também inclui um encontro com o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, ainda hoje, e uma reunião com o vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas. De Portugal, Temer segue para a Espanha, nesta terça-feira, 21, à noite.

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