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Fachin mantém sigilo sobre Arena Corinthians

O estádio foi construído pela Odebrecht para a Copa do Mundo de 2014 e custou R$ 1,1 bilhão

Arena Corinthians: a investigação apura "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians" (Tony Gentile/Reuters)

Arena Corinthians: a investigação apura "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians" (Tony Gentile/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2017 às 22h18.

Em meio ao levantamento do sigilo de dezenas de investigações ligadas à delação da Odebrecht, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), não deu publicidade à apuração de "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians".

O estádio foi construído pela Odebrecht para a Copa do Mundo de 2014 e custou R$ 1,1 bilhão.

Falaram sobre o caso à Procuradoria-Geral da República os delatores Emílio Alves Odebrechet, patrono do grupo, seu filho Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa Silva Júnior, homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar e Luiz Antônio Bueno Júnior.

“Indefiro a pretensão de levantamento do sigilo do procedimento; (ii) defiro o pedido do Procurador-Geral da República, a quem autorizo a juntada de cópia dos termos de depoimentos mencionados e documentos apresentados pelos colaboradores especificamente no Inq. 4.341/STF, registrando que, com relação ao termo de depoimento nº 5 do colaborador Luiz Antônio Bueno Júnior, a efetivação da decisão só poderá ocorrer a contar de 3 de maio de 2017”, determinou Fachin.

Em março do ano passado, o então vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, foi preso em flagrante, em São Paulo, por posse ilegal de armas.

Ele estava com duas pistolas. Alvo da Operação Xepa, etapa da Lava Jato, André Negão é suspeito de ter recebido R$ 500 mil em propinas da Odebrecht.

O nome de André Negão apareceu na planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, sob o codinome "Timão", ao lado da palavra "Alface".

A planilha foi apreendida na casa da secretária dos altos executivos da empreiteira, Maria Lúcia Tavares.

Na planilha, André Luiz de Oliveira estava ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço Rua Emilio Mallet em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014 no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".

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