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Fachin dará prioridade a análise sobre sigilo de áudio da JBS

Com 4 horas de áudio para serem analisadas, interlocutores do ministro acreditam que é improvável que a decisão saia até o final do dia

Edson Fachin: a Procuradoria-Geral da República (PGR) classificou o conteúdo como "gravíssimo" (José Cruz/Agência Brasil)

Edson Fachin: a Procuradoria-Geral da República (PGR) classificou o conteúdo como "gravíssimo" (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 13h38.

Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tratará como prioridade nesta terça-feira, 5, a análise do áudio da conversa entre os delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud e pretende decidir o mais rápido possível se mantém ou se retira integral ou parcialmente o sigilo do material. Até as 12h30 desta terça-feira, 5, o áudio ainda não havia chegado ao gabinete.

Caberá a Fachin, por ser o relator do caso JBS, decidir sobre o sigilo do diálogo, cujo conteúdo a Procuradoria-Geral da República (PGR) classificou como "gravíssimo".

São 4 horas de áudio para analisar e interlocutores do ministro acreditam que é improvável a decisão sair até o final do dia, mas nenhuma possibilidade pode ser descartada.

Fachin tem na agenda a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como ministro substituto. Nesta terça-feira não haverá sessão da 2ª Turma do STF, da qual Fachin é presidente, porque três ministros dos cinco da turma estão em viagem internacional (Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli).

Na interpretação da PGR, o áudio traz indícios de omissão de crimes por parte dos delatores e também lança a suspeita de que o ex-procurador da República Marcelo Miller "teria atuado como em favor dos colaboradores Joesley Batista e Ricardo Saud antes de se exonerar da sua função de membro do Ministério Público Federal".

No meio político, em Brasília, cresce uma pressão para uma divulgação rápida dos conteúdos.

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