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Fábrica do Butantan que fará vacina contra covid-19 fica pronta em um ano

Apesar do prazo de 12 meses para a construção, São Paulo vai receber 46 milhões de doses importadas, em dezembro de 2020

 (Chris Clor/Getty Images)

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Carolina Riveira

Publicado em 14 de setembro de 2020 às 14h01.

A nova fábrica do Instituto Butantan que vai produzir, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, a vacina contra a covid-19 em território brasileiro deve ficar pronta em setembro de 2021. De acordo com a previsão feita pelo governo de São Paulo, as obras serão iniciadas em novembro deste ano e o projeto executivo já foi contratado.

Apesar da produção começar somente no segundo semestres do próximo ano, o estado de São Paulo vai receber, ainda em dezembro de 2020, 46 milhões de doses do imunizante. Até março de 2021, vai receber mais 15 milhões. Estes dois lotes serão importados diretamente da China.

"A estrutura física já existe, o que precisamos é de adaptação e modernização a um custo total de 160 milhões de reais. Deste total, 97 milhões de reais já foram arrecadados da iniciativa privada. Estamos trabalhando junto ao Ministério da Saúde para que no primeiro trimestre do ano que vem, a gente tenha 100 milhões de doses [importadas]", disse o governador João Doria (PSDB), em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 14.

De acordo com o presidente do Butantan, Dimas Covas, a capacidade de produção da fábrica será de 100 milhões anuais e vai servir a todo o Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que ela atinja a capacidade máxima no início de 2022.

"A vacina que estamos desenvolvendo é a mais avançada do mundo em termos temporais. Nós aqui no brasil seremos um dos primeiros a ter a vacinação em massa. O processo de transferência de tecnologia já começou. Nós estamos com um engenheiro chinês no Butantan", disse Dimas Covas em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.

Para captar todo o recurso necessário para concluir a obra, o governo do estado está fazendo a interlocução com a iniciativa privada. Este processo é feito pelo vice-governador Rodrigo Garcia e por Wilson Mello, presidente da InvestSP, braço de investimentos do governo paulista.

"Nós só teremos o cronograma exato após o projeto executivo. Esta obra levará entre dez a 15 meses. Mas a nossa previsão é que essa fábrica fique pronta em setembro, no melhor cenário. Temos o compromisso de acelerar ao máximo", enfatizou Wilson Mello.

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