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Exposição no Rio mostra história das pessoas com deficiência

As obras presentes na mostra foram dispostas em uma linha do tempo que mostra como os deficientes foram tratados ao longo do tempo

Papel em braile: a exposição trabalha com recursos de acessibilidade (Julia Freeman-Woolpert/ StockXchng)

Papel em braile: a exposição trabalha com recursos de acessibilidade (Julia Freeman-Woolpert/ StockXchng)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 08h51.

Rio de Janeiro - A exposição Para Todos – O Movimento das Pessoas com Deficiência no Brasil vai ser inaugurada hoje (17), na Estação do Teleférico de Bonsucesso, no acesso ao Complexo do Alemão, na capital fluminense.

“O fundamental do movimento das pessoas com deficiência é que ele é uma aula para todos os indivíduos, porque essas pessoas conseguiram sair de uma situação de assistencialismo e viraram protagonistas de sua história. Isso vale para que todos reivindiquem qualquer melhoria em suas vidas, seus direitos. Por isso é importante que ela chegue ao maior número possível de pessoas”, destaca a curadora e jornalista Vera Rotta.

Segundo ela, a mostra foi concebida a partir de um formato universal, para que todas as pessoas, independentemente de terem deficiência, possam usufruir integralmente do conteúdo disponibilizado.

“Nós trabalhamos com todos os recursos de acessibilidade, principalmente na questão dos deficientes visuais. Existem painéis em relevo, sobre os quais tanto as pessoas com deficiência quanto as crianças e pessoas em geral vão poder ter outro tipo de entendimento, não só pela visão, mas também pelo tato e pela audição.”

É a primeira vez que a exposição é feita em uma estação de serviço público de transporte. Com um público de mais de 20 mil visitantes, ela começou em Porto Alegre, esteve em Florianópolis e seguiu para São Paulo. A mostra está detalhada em audioguias e audiodescrição. Serão disponibilizados computadores para o livre acesso a outras mídias, além de um telão, em uma sala de vídeo, onde será exibido um filme sobre o movimento das pessoas com deficiência, com os recursos da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Segundo Vera, foi feita uma uma pesquisa bastante criteriosa. A exposição será disposta em uma linha do tempo, com início na antiguidade, para mostrar como as pessoas com deficiência foram tratadas ao longo dos séculos. Na sequência, será contada de maneira aprofundada como esse movimento se organizou até os dias de hoje.

A exposição vai passar por nove capitais brasileiras. O projeto é financiado pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da Republica (SDH-PR), com apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos. No Rio, ela conta com a parceria da SuperVia, concessionária que administra os trens urbanos no estado, e da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do governo estadual.

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