Marcos Pereira: o ministro acredita que, nesse caso, a oposição é menor (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de maio de 2017 às 13h46.
Rio - A despeito das mobilizações populares nos últimos dias contras as reformas do governo em discussão no Congresso, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, acredita que será até mais fácil aprovar as mudanças na legislação trabalhista no Senado. Segundo ele, a resistência maior ainda gira em torno da Reforma Previdenciária.
"A nossa expectativa é que a modernização da legislação trabalhista avance no Senado. Eu tenho muita esperança que no Senado será até um pouco mais fácil a aprovação da reforma trabalhista, porque são menos cabeças, a oposição é menor", argumentou Pereira, durante a cerimônia de posse de servidores do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), no Rio.
O ministro avalia que o debate esteja mais acirrado no que se refere à Reforma Previdenciária.
"Nós estamos trabalhando, estamos empenhados. O governo já tem pelas contagens que fizemos votos suficientes para aprovar a reforma previdenciária na comissão. Agora, no plenário, é um outro momento, é uma outra discussão que será feita. Mas penso que a gente só deveria colocar em pauta - até porque isso já foi falado pelo Palácio do Planalto por aqueles que estão cuidando diretamente desse tema - quando tivermos votos suficientes", declarou Pereira.
Quanto aos quatro deputados de seu partido, o Partido Republicano Brasileiro (PRB), que votaram contra a reforma trabalhista na Câmara, o ministro argumentou que é natural da democracia.
"É natural, é da democracia. Às vezes o deputado tem lá a sua questão local, as suas dificuldades. Esses deputados têm militância em áreas sensíveis, como o Nordeste, um outro tem militância numa base muito popular aqui no Rio de Janeiro. Então é natural. O partido do presidente da República também não votou com unanimidade", argumentou Pereira, lembrando os dois votos contrários da bancada do PMDB.
O ministro afirmou não ter conhecimento sobre retaliações do governo do presidente Michel Temer aos rebeldes da base aliada. "Eu não vejo por que haver retaliações, não tenho informações sobre isso. Uma retaliação aqui se houver, haverá uma necessidade de outro voto ali, e o diálogo vai progredindo", minimizou ele.