Brasil

Expansão do PIB em 2011 será de 5%, projeta Fazenda

Na última versão do boletim, divulgada em outubro, a previsão era de expansão de 5,5% para a economia brasileira neste ano

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia apresentado essas estimativas à presidente Dilma Rousseff, no dia 14 de janeiro deste ano (Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia apresentado essas estimativas à presidente Dilma Rousseff, no dia 14 de janeiro deste ano (Antônio Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 17h51.

Brasília - O Ministério da Fazenda manteve em 5% a projeção de crescimento da economia brasileira para 2011, segundo o documento Economia Brasileira em Perspectiva, divulgado hoje. Na última versão do boletim, divulgada em outubro, a previsão era de expansão de 5,5% para a economia brasileira neste ano, mas o número já havia sido revisado para 5% no início deste ano, quando foi divulgado o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Fazenda também espera uma expansão maior da economia nos próximos anos: 5,5% para 2012 e 6,5% ao ano em 2013 e 2014, o que faria uma média próxima de 5,9% ao ano.

"A trajetória recente demonstra que o nível de atividade encontra-se em patamar sustentável. As medidas macroprudenciais, em conjunto com a consolidação fiscal, devem possibilitar que a economia siga em crescimento sem descompasso entre oferta e demanda. Para o período 2011-2014, estima-se que a economia volte a crescer no patamar entre 5% e 6,5%", diz a Fazenda, no boletim.

Segundo o documento, o crescimento de 2011 será puxado pela alta de 6,4% na demanda doméstica, índice bem mais moderado do que o crescimento de 10,3% verificado em 2010. A Fazenda espera uma contribuição negativa de 1,4% do PIB do setor externo neste ano, significativamente menor do que o "vazamento externo" de 2,8% do PIB registrado em 2010. "Os resultados negativos da demanda externa líquida (exportações menos importações), embora reduzam o crescimento do PIB, contribuem para a ampliação da capacidade instalada do País, visto que 22,6% do valor das importações são de bens de capital, com expansão de 38,0% entre 2009 e 2010", afirma a Fazenda.

O governo manteve a previsão de que os investimentos fecharão 2011 representando 20,4% do PIB e chegarão a 24,1% do PIB em 2014. "Com as medidas de incentivo ao financiamento de longo prazo, o setor privado deverá exercer papel fundamental nesse segmento. Para o período 2010-2014, espera-se incremento de pelo menos 1% do PIB ao ano no total dos investimentos."

Inflação

O Ministério da Fazenda manteve em 5% a perspectiva para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim de 2011, de acordo com o documento Economia Brasileira em Perspectiva. Para 2012, a estimativa também foi mantida, exatamente no centro da meta do governo, de 4,5%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia apresentado essas estimativas à presidente Dilma Rousseff, no dia 14 de janeiro deste ano. As perspectivas de inflação foram mantidas apesar de o mercado projetar um aumento de 5,8% no IPCA este ano, de acordo com o último boletim Focus, elaborado pelo Banco Central.

No documento divulgado hoje, o Ministério afirma que "a inflação tem subido proporcionalmente menos no Brasil do que na maioria dos outros países, mantendo-se dentro dos limites das metas estabelecidas para 2010 e 2011".

A Fazenda afirma ainda que após forte elevação no último trimestre de 2010 e nos dois primeiros meses de 2011, "o IPCA caminha para desaceleração em março e abril, em função da redução dos preços de vários alimentos e do término do efeito das tarifas de ônibus e das mensalidades escolares". Segundo o documento, as pressões que permanecem no setor de serviços devem reagir à desaceleração da economia e à redução anunciada de gastos do governo.

O Ministério também destaca que o mundo passa por um momento de instabilidade monetária, impulsionada pelo aumento dos preços de commodities e pela crise do Norte da África e do Oriente Médio. O documento não cita o terremoto ocorrido na semana passada no Japão.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoGovernoIndicadores econômicosPIB

Mais de Brasil

Lula demite Nísia; Padilha assumirá Ministério da Saúde

Defesa Civil emite alerta severo de chuvas para São Paulo na tarde desta terça

Tarcísio diz que denúncia da PGR contra Bolsonaro 'não faz sentido nenhum' e critica 'revanchismo'

Pé-de-Meia: como funciona o programa e como sacar o primeiro pagamento