"Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade", disse Beltrame, que destacou o empenho do coronel Costa Filho no período de um um ano e dez meses à frente da Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2013 às 21h04.
Rio de Janeiro – O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, exonerou hoje (5) o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, após divergências sobre documento interno publicado pelo comandante da corporação, concedendo anistia a policiais militares que tinham recebido punições administrativas.
A Secretaria de Segurança distribuiu nota sobre o encontro de hoje à tarde, que resultou na demissão do comandante da PM.
"Após uma longa conversa na Secretaria de Segurança, o comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, foi exonerado do cargo pelo secretário de estado de Segurança, José Mariano Beltrame". O secretário está avaliando um nome para suceder o coronel Erir Costa Filho no comando da corporação.
"Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade", disse Beltrame, que destacou o empenho do coronel Costa Filho no período de um um ano e dez meses à frente da Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro. "Quero ressaltar o trabalho e a integridade do comandante Costa Filho, além de seu amor à corporação que comandou", destacou o secretário.
Publicado quinta-feira (1º), o ato administrativo anistiou 325 policiais militares punidos por ações de menor potencial ofensivo, no período de 4 de outubro de 2011 – quando Ribeiro assumiu o cargo – até agora, desagradou a Beltrame, que já tinha questionado a decisão. "Da forma como foi colocado, eu não gostei. Precisamos entender e a sociedade mais ainda", disse o secretário.
Em nota, a PM explicou que a revogação das punições, concedida pelo coronel Erir Ribeiro, beneficiava "apenas policiais punidos administrativamente, como em casos de atraso, faltas ou ausências não justificadas". De acordo com a PM, os episódios mais graves continuam sendo analisados pelo Conselho de Disciplina, como os casos de corrupção ou de homicídios.
A corporação explicou que a dispensa do cumprimento da prisão ou da detenção refere-se ao fato de a PM ter cumprido escala de serviços extenuantes nos últimos dois meses. "Durante a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e as recentes manifestações, os policiais trabalharam em escala de de um dia de trabalho com uma folga."
A Secretaria de Segurança informou que o próximo comandante-geral da corporação decidirá se a medida será revogada.