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Exército repetirá na Maré técnicas de ocupação do Alemão

Comando Militar do Leste está analisando todos os arquivos da Força de Pacificação que atuou nos Complexos do Alemão e da Penha

Morador olha policial durante ação no Complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Morador olha policial durante ação no Complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 18h58.

Rio - Enquanto não é publicado o decreto presidencial autorizando o emprego do Exército na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, o Comando Militar do Leste (CML) está analisando todos os arquivos da Força de Pacificação que atuou nos Complexos do Alemão e da Penha, entre dezembro de 2010 e julho de 2012. O objetivo é repetir na ocupação da Maré, prevista para ocorrer nas próximas semanas, todas as técnicas de patrulhamento e abordagem bem avaliadas na operação anterior.

"O CML ainda não recebeu a determinação do decreto presidencial que permita o emprego da tropa em GLO na Maré. Isso é bom para nós, porque estamos aproveitando esse tempo para estudar minuciosamente todos os arquivos da 'Operação Arcanjo' (como foi denominada a pacificação dos complexos do Alemão e da Penha)", explicou nesta quarta-feira, 26, o general de brigada Ronaldo Pierre Cavalcanti Lungren, chefe do Centro de Operações do CML.

O oficial proferiu a palestra "Experiências recentes, resultados e perspectivas de emprego das Forças Armadas nas operações de GLO", da qual participaram representantes do Ministério Público Militar. A iminente ocupação da Maré foi batizada pelo Exército de "Operação São Francisco". Representantes das forças federais e estaduais continuam se reunindo diariamente na sede do CML, no Centro do Rio, a fim de detalhar como será a ocupação.

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