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Exército procura armas e munições no Complexo da Maré

Pela manhã, as equipes se concentraram no 22º Batalhão. Operação ainda não significa início da ocupação definitiva do conjunto de favelas pelas tropas federais


	Exército em Nova Holanda: nessa quarta, Exército entrará na comunidade para tentar encontrar armas e munições deixadas por traficantes do Comando Vermelho
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Exército em Nova Holanda: nessa quarta, Exército entrará na comunidade para tentar encontrar armas e munições deixadas por traficantes do Comando Vermelho (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 16h00.

Rio - Quinze militares do Exército Brasileiro participam de uma operação conjunta com a Polícia Militar, nesta quarta-feira, 26, para encontrar armas e munições enterradas na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio.

Pela manhã, as equipes se concentraram no 22º Batalhão (Maré). A operação ainda não significa o início da ocupação definitiva do conjunto de favelas pelas tropas federais.

Desde sábado, 22, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) mapeia áreas onde o material possa estar escondido. Na tarde dessa quarta, o Exército entrará na comunidade para tentar encontrar armas e munições deixadas por traficantes do Comando Vermelho, facção que dominava a favela Nova Holanda.

Além disso, os militares também poderão conhecer a geografia do conjunto de favelas. "(Essa ação é) apenas um apoio à Secretaria de Segurança. Teremos um primeiro contato com a área, o que nos ajudará a fazer um levantamento. Essa é uma equipe específica, de apoio ao Bope. Nós vamos trabalhar sem arma, porque pode afetar o desempenho do equipamento", afirmou o diz capitão Rafael Medeiros, do 1º Batalhão de Engenharia de Combate Escola.

Os militares usam o detector de metais MD8, o mesmo usado no Complexo do Alemão, em 2010, que encontra armamentos escondidos em paredes ou enterrados em até 30 cm de profundidade.

"Vamos detectar pontos suspeitos na Maré e, com o equipamento, evitamos a varredura desnecessária. Ele pode localizar um prego ou até uma agulha enterrados em uma profundidade de 30 centímetros", afirmou o capitão.

Na ação serão usados 10 detectores de metal e os militares utilizarão roupas especiais de proteção contra possíveis explosões. Os militares percorrerão 141 mil metros quadrados na favela Nova Holanda, onde estão 3,5 mil casas.


O local, entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, era palco frequente de confrontos entre policiais e bandidos.

Na manhã de sábado, 22, os batalhões da Maré (22º BPM), de Operações Especiais (Bope), de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) ocuparam as favelas Nova Holanda e Parque União, reduto do Comando Vermelho. Segundo os policiais, há breves confrontos com os traficantes que tentam retirar armas e drogas deixadas nas favelas.

Na tarde de terça, um grupo de militares do Exército esteve no Complexo da Maré por menos de uma hora e encontrou um máquina de contagem de cédulas.

Durante a madrugada o Caveirão, veículo blindado da PM, entrou na comunidade. Nesta quarta, 2.917 alunos de seis unidades escolares municipais estão sem aulas, mas a rede estadual funciona normalmente. Ontem, estudantes das redes municipal e estadual ficaram sem aulas. Além disso, a Vila Olímpica da Maré permanece fechada desde terça por questões de segurança.

Alemão.

Na favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, um laboratório de refino de drogas foi encontrado na manhã desta quarta-feira, por policiais da 45ª DP (Complexo do Alemão), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD).

No local, foram apreendidos 15 kg de pasta base de cocaína, três galões de cheirinho da loló e grande quantidade de material de preparo e embalagem das drogas. Um menor foi apreendido por tráfico de drogas.

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