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Exército ocupa duas comunidades no Rio de Janeiro

A ocupação das duas primeiras favelas faz parte de um plano estipulado na semana passada entre o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro e o Ministério da Defesa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2012 às 20h27.

Rio de Janeiro - O Exército ocupou nesta segunda-feira duas comunidades do Rio de Janeiro para garantir a segurança durante os atos de campanha dos candidatos às eleições municipais do próximo domingo como resposta às denúncias de ameaças de grupos do narcotráfico.

A ocupação das duas primeiras favelas hoje faz parte de um plano estipulado na semana passada entre o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro e o Ministério da Defesa para reforçar a segurança dos candidatos em pelo menos 28 localidades até as eleições, informou hoje o organismo eleitoral.

O plano mobilizará dois mil soldados do Exército e mil fuzileiros navais em comunidades que ainda não foram incluídas na política de pacificação do governo estadual.

A Marinha ocupará as favelas em que persistem ameaças de grupos de traficantes de drogas, principalmente na zona norte do Rio, e o Exército o fará nos bairros da zona oeste controlados pelas ''milícias''.

As duas primeiras comunidades ocupadas pelo Exército foram Gardênia Azul e Muquico, nas quais atuam algumas milícias. A Marinha deve ocupar ainda na tarde de hoje a favela Fogo Cruzado no Complexo da Maré, controlada por narcotraficantes.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Luiz Zveiter, anunciou que 80 fiscais eleitorais acompanharão diariamente os militares nas favelas ocupadas.

Segundo o acordo com o Ministério da Defesa, além das três comunidades ocupadas nesta segunda-feira, os militares ocuparão cinco bairros por dia a partir da terça-feira até o próximo sábado, véspera das eleições e quando termina a campanha eleitoral.

Os militares só permanecerão nas favelas entre 8h e 18h, já que seu único objetivo é reforçar a segurança durante os atos eleitorais de candidatos a prefeito e vereador já programados.

No domingo, dia das eleições, os três mil militares vão reforçar a segurança em áreas próximas aos colégios eleitorais das comunidades mais problemáticas.

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