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Exército não deve atuar durante protestos em São Paulo

Segundo o ministro da Justiça, as Forças Armadas atuam de forma suplementar


	PMs fazem barreira em volta de manifestantes e jornalistas durante protesto 
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

PMs fazem barreira em volta de manifestantes e jornalistas durante protesto  (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 10h25.

São Paulo - Os 4 mil homens das Forças Armadas que estarão em São Paulo para a Copa do Mundo não vão atuar em manifestações, segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Na manhã desta segunda-feira, 2, ele se reuniu no centro de monitoramento da Copa, no Bom Retiro, região central da capital, com o secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, e outras autoridades das Polícias Civil, Militar, Federal e do Exército.

"Eles ficarão atuando de maneira integrada. É evidente que a atividade de policiamento e repressão de ilícitos é da Segurança Pública. As Forças Armadas atuam de forma suplementar", afirmou Cardozo.

Para que o Exército faça as mesmas atividades que a Polícia Militar, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) teria de pedir autorização para a presidente Dilma Rousseff.

O efetivo, que será de 6 mil homens considerando a Polícia Federal (PF), ficará de prontidão até o fim do torneio. A reunião foi realizada após Alckmin aceitar a oferta do efetivo adicional feita por Dilma.

"Acredito que temos no Estado de São Paulo uma grande integração. Teremos um excelente padrão de segurança na abertura da Copa do Mundo e em todos os jogos aqui", afirmou.

De acordo com o general José Carlos de Nardi, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, os homens do Exército atuarão em quatro setores: nos hotéis das delegações, nos aeroportos, nos 15 centros de treinamentos das seleções no Estado de São Paulo e nas rotas protocolares. "Eles estarão em pontos estratégicos, principalmente no que toca em segurança VIP", afirmou de Nardi.

Mesmo com a garantia de que o Exército não vai atuar nas manifestações, o general de Nardi afirmou que a hipótese não está descartada. Basta Alckmin solicitar.

"Isso implica uma atitude repressiva e só será feita com o governador pedindo. São grupos que estão fortemente preparados e em pontos estratégicos, aguardando a decisão do governador", afirmou de Nardi.

Ainda de acordo com o chefe do Estado-Maior, não está prevista a presença de tanques de guerra nas ruas de São Paulo.

O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, também descarta a possibilidade de pedir ajuda ao Exército. "Não vai atuar porque depende do pedido", afirmou.

Como o Estado mostrou no dia 29, apesar de a Polícia Militar ter criado o CPCopa especificamente para garantir a segurança do Mundial, serão os destacamentos tradicionais, como a Força Tática dos batalhões de cada bairro e a Tropa de Choque, que estarão de prontidão para lidar com manifestações consideradas violentas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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