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Exército entrará na Maré no curto prazo, diz Beltrame

Além da entrada do Exército, os planos de curtíssimo prazo preveem identificação dos pontos de maior necessidade dos moradores do complexo.


	Beltrame:  exército deve entrar na Maré no "curtíssimo prazo"
 (Fernando Lemos/Veja Rio)

Beltrame:  exército deve entrar na Maré no "curtíssimo prazo" (Fernando Lemos/Veja Rio)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 12h19.

Rio - O secretário de segurança do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame afirmou nesta manhã que a tranquilidade com que ocorreu a ocupação do conjunto de favelas do Complexo da Maré, na zona Norte do Rio, não surpreendeu. A operação durou 15 minutos e nenhum tiro foi disparado.

A incursão deve continuar nos próximos dias, e na sequência vem a fase chamada de "estabilização". Uma reunião entre Ministério da Defesa, Polícia Civil e Polícia Militar deve estabelecer, nesta semana, quando a área será repassada às Forças Armadas.

A ideia, segundo Beltrame, é que o Exército entre na Maré no "curtíssimo prazo". "A partir da assinatura da GLO, a área fica sob total responsabilidade do exército. Alguns policiais permanecem, e o nosso trabalho de inteligência continua", afirmou Beltrame, referindo-se ao decreto presidencial de Garantia da Lei e da Ordem, que confere poder de polícia ao Exército.

O último balanço divulgado pelas autoridades mostra que 102 pessoas foram presas, 13 delas durante a ocupação, além de apreensões de drogas, armas e munições - inclusive de uso restrito. Durante a coletiva, mais uma prisão foi contabilizada.

Além da entrada do Exército, os planos de curtíssimo prazo preveem identificação dos pontos de maior necessidade dos moradores do complexo.

O secretário de Estado de Assistência Social, Pedro Fernandes, disse que as primeiras ações envolverão a confecção de identidade, carteira de trabalho e outros documentos, incentivo às crianças para irem à escola e melhorias na iluminação pública e na rede de água e esgoto.

"Criamos um comitê específico para isso, e a meta é de no máximo em 15 dias dar uma resposta a essas questões básicas", afirmou Fernandes.

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