Otto Maximilian: major foi morto por engano no Rio de Janeiro durante um curso (Twitter/Exército Brasileiro/Reprodução)
Tamires Vitorio
Publicado em 2 de julho de 2019 às 07h28.
Última atualização em 2 de julho de 2019 às 09h33.
São Paulo — Na noite desta segunda-feira (1º), o Exército Brasileiro homenageou um major alemão que lutou no exército nazista de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e foi assassinado no Brasil em 1968.
Eduard Ernest Thilo Otto Maximilian von Westernhagen (mais conhecido como Otto Maximilian), veio ao país para fazer um curso na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e foi morto a tiros no Rio de Janeiro em uma ação da guerrilha de esquerda Colina (Comando de Libertação Nacional), que lutava contra a ditadura militar.
O alemão foi morto por engano, uma vez que foi confundido com o major boliviano Gary Prado, também aluno da instituição, que havia participado da captura de Che Guevara um ano antes, em 1967.
O site do Exército publicou um tributo a Maximilian, definindo-o como um "oficial brilhante" e "um sobrevivente da 2ª Guerra Mundial e das prisões totalitárias soviéticas, cuja vida foi encurtada por um ato terrorista insano e covarde".
Segundo a instituição, uma sala do ECEME foi batizada com o nome do major.
O termo "nazista" foi o sexto assunto mais comentado no Twitter na manhã desta terça-feira (2).
Prestamos hoje homenagem ao oficial de nação amiga, Major do Exército Alemão Otto Maximilian, aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército que, em 1º de julho de 1968, foi assassinado no Brasil.https://t.co/A3XS7QgXnz pic.twitter.com/YbxMUPeZjJ
— Exército Brasileiro 🇧🇷 (@exercitooficial) July 1, 2019