Sérgio Cabral: ex-governador é acusado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de março de 2017 às 08h44.
São Paulo - Dois executivos da Andrade Gutierrez, entre eles o ex-presidente Rogério Nora de Sá, afirmaram nesta terça-feira, 7, ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) recebeu R$ 2,7 milhões em propinas da empresa.
O valor seria referente a 1% do valor das obras de terraplenagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O peemedebista está preso desde novembro de 2016.
"Foram pagos R$ 2,7 milhões referentes a nossa participação. Esse pagamento era efetuado pelo Alberto Quintaes com recursos de caixa 2 que ele pegava junto com o diretor financeiro da empresa", afirmou Nora de Sá, ouvido como testemunha de acusação do Ministério Público Federal contra o peemedebista. Segundo ele, o pedido de Cabral foi feito no Palácio da Guanabara, sede do governo fluminense.
Sérgio Cabral se tornou réu em ações penais abertas no Rio, decorrente da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato deflagrada em 17 de novembro, e em Curitiba.
No processo aberto por Moro, o peemedebista é acusado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além do Comperj, Nora de Sá e o executivo Alberto Quintaes, também ouvido por Moro nesta terça, confirmaram que toda obra da empreiteira no Rio tinha um porcentual de propinas para Cabral, que chegou a ser de 7% do valor do contrato.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.