Brasil

Executivo do Grupo Ultra recusa convite para assumir pasta da Indústria

Convidado por Lula, Pedro Wongtschowski, presidente do conselho de administração do Grupo Ultra, decidiu não aceitar o convite

Segundo pessoas próximas ao empresário, a negativa tem relação com a falta de convergência com as ideias econômicas do novo governo (FAPESP/Divulgação)

Segundo pessoas próximas ao empresário, a negativa tem relação com a falta de convergência com as ideias econômicas do novo governo (FAPESP/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 07h31.

Última atualização em 21 de dezembro de 2022 às 07h32.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai receber a segunda negativa para o comando do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, que foi extinto na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e que será recriado em 2023. Convidado por Lula, Pedro Wongtschowski, presidente do conselho de administração do Grupo Ultra, decidiu não aceitar o convite, apurou o Estadão.

Segundo pessoas próximas ao empresário, a negativa tem relação com a falta de convergência com as ideias econômicas do novo governo. O plano da gestão de Lula, entre outros pontos, se posiciona contra privatizações e concessões, algo que se choca com as visões de Wongtschowski, um dos nomes mais respeitados da indústria química no País. Ele foi apoiador da candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) na última eleição presidencial e, no segundo turno, declarou voto em Lula. Procurado, Wongtschowski preferiu não comentar.

Na semana passada, o dono da Coteminas e presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, já tinha recusado o cargo. Agora, o nome de Armando Monteiro, que ficou à frente do mesmo ministério no governo de Dilma Rousseff e é ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), pode ganhar força. Monteiro é filiado ao PSDB.

Antes cotados para assumir uma pasta na Esplanada, o ex-ministro do Planejamento Nelson Barbosa e a ex-ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello devem trabalhar, a partir do ano que vem, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, os dois aceitaram convite do futuro presidente do banco, o ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante, para compor a diretoria do banco.

LEIA TAMBÉM:

Câmara aprova PEC da Transição em primeiro turno, mas segundo turno é adiado

Quem é Camilo Santana, ex-governador do CE e escolhido ministro da Educação

Acompanhe tudo sobre:IndústriaUltrapar

Mais de Brasil

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”