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Exames detectam excesso de metais em quatro bombeiros de Brumadinho

Corpo de Bombeiros estima que, ao todo, cerca de mil pessoas tenham tido contato direto ou indireto com a lama de rejeitos da barragem

Brumadinho: quase um mês após o incidente, 141 pessoas ainda permanecem desaparecidas (Adriano Machado/Reuters)

Brumadinho: quase um mês após o incidente, 141 pessoas ainda permanecem desaparecidas (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 12h26.

O governo de Minas Gerais informou hoje (20) ter detectado níveis anormais de metais no organismo de profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do estado que atuam no salvamento e nas buscas de Brumadinho (MG), onde uma barragem da Vale se rompeu, em 25 de janeiro. Três exames laboratoriais indicaram uma elevada quantidade de alumínio nos corpos dos agentes, enquanto um quarto identificou a presença de cobre.

Em nota, a administração estadual pontuou que a alteração não significa intoxicação aguda e assegurou que os agentes não apresentam sintoma. "É esperado que, após a interrupção da exposição, os níveis destes metais no organismo sejam normalizados", afirmou no comunicado.

Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros disse estimar que, ao todo, cerca de mil pessoas tenham tido contato direto ou indireto com a lama de rejeitos da barragem, inclusive por inalação. "Houve muito revezamento [de agentes]. Depois de todos os exames, somente três militares da tropa que trabalhou lá apresentaram alguma alteração, que pode ser de lá ou de outros lugares onde eles podem ter trabalhado", disse em nota, acrescentando que a tropa será acompanhada por 20 anos.

Hoje (20) o efetivo destacado para as tarefas no local da tragédia é de 121 pessoas. A equipe realiza as buscas em dez áreas, com o auxílio de 52 máquinas, quatro aeronaves e quatro cães.

Quase um mês após o incidente, 141 pessoas ainda permanecem desaparecidas. Além disso, 169 óbitos já foram confirmados até o momento.

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