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Ex-procurador citado por Temer diz que não cometeu ato irregular

Durante pronunciamento, Temer afirmou que Miller deixou a PGR para "trabalhar em empresa que faz delação premiada para o procurador-geral"

Temer: o presidente da República insinuou que Rodrigo Janot se beneficiou financeiramente da remuneração de Miller (Beto Barata/PR/Flickr)

Temer: o presidente da República insinuou que Rodrigo Janot se beneficiou financeiramente da remuneração de Miller (Beto Barata/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de junho de 2017 às 21h39.

Rio - O advogado Marcello Miller, ex-assessor do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que "não cometeu nenhum ato irregular" desde que deixou a Procuradoria-Geral da República.

Sócio do escritório de advocacia que trabalhou no acordo de leniência do Grupo JBS, Miller foi citado pelo presidente Michel Temer na tarde desta terça-feira, 27, que sugeriu que ele teria "recebido milhões" em função do acordo.

"Não cometi nenhum ato irregular, mas não responderei às afirmações a meu respeito pela imprensa", afirmou o advogado, em comunicado a imprensa.

"Apenas me manifestarei perante as autoridades com competência para examinar os fatos e com interesse na aferição da verdade."

Durante pronunciamento em Brasília, Michel Temer afirmou que Marcello Miller - a quem se referiu como "homem da mais estrita confiança do senhor procurador-geral (Janot)" - deixou a PGR para "trabalhar em empresa que faz delação premiada para o procurador-geral".

Apesar de não citar nome, o presidente da República insinuou que Rodrigo Janot se beneficiou financeiramente da remuneração de Miller.

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