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Ex-prefeito de Londres renuncia a partido por denúncia de antissemitismo

Livingstone foi suspenso da formação em abril de 2016 por ter afirmado que Hitler queria, a princípio, enviar os judeus para Israel e "apoiava o sionismo"

Londres: ex-prefeito renunciou menos de um mês depois dos decepcionantes resultados nas eleições locais para esse partido (Peter Nicholls/Reuters)

Londres: ex-prefeito renunciou menos de um mês depois dos decepcionantes resultados nas eleições locais para esse partido (Peter Nicholls/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de maio de 2018 às 18h30.

O ex-prefeito de Londres Ken Livingstone renunciou nesta segunda-feira (21) ao Partido Trabalhista (oposição), atingido por acusações de antissemitismo e menos de um mês depois dos decepcionantes resultados nas eleições locais para esse partido.

Livingstone, de 72 anos, durante muito tempo uma das figuras centrais do Partido Trabalhista, foi suspenso da formação em abril de 2016 por ter afirmado em um programa de rádio que Adolf Hitler queria, a princípio, enviar os judeus para Israel e "apoiava o sionismo antes de enlouquecer e matar seis milhões de judeus".

"A permanente polêmica ao redor da minha suspensão do Partido Trabalhista se tornou uma distração do assunto central atual, que é como substituir o governo conservador que observa a queda do nível de vida e a espiral da pobreza", explicou em comunicado.

As acusações de complacência com as declarações antissemitas de alguns de seus membros e responsáveis locais foram consideradas a causa do mau resultado do principal partido britânico de oposição nas eleições locais de 3 de maio, que colocaram seu chefe, Jeremy Corbyn, em uma situação complicada.

"Não aceito as acusações de que eu desacreditei o Partido Trabalhista nem as que consideram que sou culpado de antissemitismo. Detesto o antissemitismo, o combati a minha vida inteira e continuarei fazendo isso", afirmou Livingstone em comunicado nesta segunda-feira.

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