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Ex-prefeito de Cachoeira Paulista tem bens bloqueados

PF apreendeu bens de Fabiano Vieira e outros sete acusados de participar de uma quadrilha que utilizava dinheiro superfaturado do abastecimento de veículos


	Funcionário de um posto de gasolina abastece um carro: de acordo com o MPF, somente entre julho de 2011 e novembro de 2012, a quadrilha teria desviado R$ 4.634.854,84
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Funcionário de um posto de gasolina abastece um carro: de acordo com o MPF, somente entre julho de 2011 e novembro de 2012, a quadrilha teria desviado R$ 4.634.854,84 (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 20h42.

São Paulo - A Polícia Federal apreendeu nesta sexta-feira, 14, os bens do ex-prefeito de Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, Fabiano Vieira (PSDB) e outros sete acusados de participar de uma quadrilha que utilizava dinheiro superfaturado do abastecimento de veículos pelo Município para comprar apoio político de vereadores durante os dois mandatos de Vieira (2005 a 2012).

De acordo com o MPF, somente entre julho de 2011 e novembro de 2012, a quadrilha teria desviado R$ 4.634.854,84.

Para garantir o ressarcimento dos recursos que teriam sido desviados, a Justiça Federal determinou o sequestro de quatro imóveis e 13 veículos em nome dos réus. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal em Guaratinguetá (SP), os acusados abasteciam seus carros particulares com recursos da prefeitura.

As investigações identificaram o superfaturamento de até 600% no volume de combustível que teria abastecido os carros. Esse recurso depois era rateado pelos acusados e utilizado para comprar apoio político na Câmara Municipal.

De acordo com o MPF, somente entre julho de 2011 e novembro de 2012, o desvio de recursos estimado foi de R$ 4.634.854,84.

Até a noite desta sexta-feira, o diretório estadual do PSDB em São Paulo não conseguiu localizar o ex-prefeito para comentar o caso.

Operação Pit Stop

A quadrilha foi descoberta pela Operação Pit Stop, da Polícia Federal, deflagrada em 2012 após denúncias de que a prefeitura de Cachoeira Paulista teria desviado recursos públicos por meio de contratos fraudulentos de fornecimento de combustíveis. A operação embasou a denúncia do Ministério Público Federal em Caratinguetá e o processo corre em segredo na Justiça Federal.

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