Luciana Santos: sua indicação para o ministério teria a finalidade de preencher a cota do PC do B (Divulgação/ Facebook/ Luciana Santos)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 06h17.
A deputada federal Luciana Santos, do PC do B de Pernambuco, teria sido convidada pela presidente Dilma para assumir o Ministério da Cultura a partir de janeiro. Ex-prefeita de Olinda, a deputada fez parte da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados e é próxima da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.
Nesta segunda, 15, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato com Luciana, que participava de reuniões partidárias - ela vai assumir a presidência nacional do PC do B no próximo ano, no lugar de Renato Rabelo.
Segundo o PC do B, a presidente não formalizou nada ao partido até agora. E, conforme informaram fontes próximas à deputada, Luciana acha difícil "assumir a direção do partido e o ministério", segundo confidenciou a amigos.
Formada em Engenharia Elétrica, Luciana Santos é filiada ao PCdoB desde 1987. Sua indicação para o ministério teria a finalidade de preencher a cota do PC do B, que até então ocupava o Ministério do Esporte com Aldo Rebelo (que está de saída). Ela já teria sido convidada, em 2010, para o próprio Ministério do Esporte por Dilma.
A decisão sobre quem ocupará o Ministério da Cultura no segundo governo de Dilma Rousseff deverá ser anunciada até o final dessa semana.
O nome mais forte especulado até agora foi o de Juca Ferreira (secretário de Cultura de São Paulo), alvo das maiores manifestações de apoio da classe artística. E de rejeição, como mostrou em comentários na internet o escritor Paulo Coelho.
Correm por fora Ângelo Oswaldo (presidente do Ibram), Jandira Feghali (deputada do PC do B), Chico César (secretário de Cultura da Paraíba) e o escritor Fernando Morais, entre outros.
Segundo observadores, o Ministério da Cultura vive um momento de fragilidade em suas políticas públicas. Apesar de ter atingido cerca de 4,6 mil Pontos de Cultura pelo País em uma década, isolou suas ações nos últimos anos e perdeu protagonismo.
Também está longe de atingir representatividade dentro do orçamento do Estado brasileiro, não chegando a 1%.
O MinC vem sendo tímido ainda no esforço de alavancar suas ações. O Vale Cultura, por exemplo, tinha a previsão de chegar a 42 milhões de trabalhadores, mas ainda beneficia cerca de 200 mil apenas.
O Vale Cultura é um benefício no valor de R$ 50 mensais oferecido por empresas a funcionários contratados pela CLT. Ele chega ao trabalhador em formato de cartão magnético pré-pago e seu valor é cumulativo.