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Ex-prefeita de Jandira é investigada por desviar verbas

Operação tenta desarticular quadrilha que desviava recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar, repassados à Jandira para a compra de merenda escolar


	Merenda escolar: PF informou que dispensa de licitação “era apenas estratégia usada para contratação direcionada de determinadas empresas” e que superfaturamento chegou a 200%
 (Antônio Cruz/ABr)

Merenda escolar: PF informou que dispensa de licitação “era apenas estratégia usada para contratação direcionada de determinadas empresas” e que superfaturamento chegou a 200% (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 13h55.

Brasília - A Polícia Federal cumpre (PF) oito mandados de busca e apreensão em São Paulo, para desarticular uma quadrilha que desviava recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), repassados à prefeitura de Jandira (SP) para a compra de merenda escolar no município. Deflagrada na manhã de hoje (25), a Operação Iraxim envolve 60 policiais. De acordo com a PF, há “indícios do envolvimento” da ex-prefeita Anabel Sabatine (PSDB) e de ex-gestores e empresas que forneciam alimentos à prefeitura durante o mandato dela.

Anabel Sabatine administrou a cidade entre 2010 e 2012, após o então prefeito Bras Paschoalin (PSDB) ter sido assassinado. O crime aconteceu em 2010, em frente a uma rádio local onde Paschoalin ia participar de um programa. Na época, ele era acusado de manter um esquema de pagamento de propina para vereadores de Jandira. O então secretário de Habitação do município, Vanderlei Aquino, foi um dos investigados pelo crime.

Contatado pela Agência Brasil, o secretário de Comunicação de Jandira, Vladimir Soares, informou que a PF foi hoje cedo à prefeitura para acessar alguns documentos. Atualmente, a prefeitura da cidade é administrada por Geraldo Teotônio (PV), que quando vereador fazia “oposição ferrenha” à então prefeita.

“A prefeitura está colaborando no que for necessário para que a operação tenha sucesso”, garantiu o secretário de Comunicação.

Em nota, a PF informa que a dispensa de licitação “era apenas uma estratégia usada para a contratação direcionada de determinadas empresas” e que o superfaturamento de preços em alguns casos chegou a 200%. “Em apenas quatro contratos – que somam R$ 5 milhões – há indícios do desvio de mais de R$ 2,5 milhões”, diz a nota.

Os investigados pela Operação Iraxim responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e fraudes em licitações, cujas penas variam de dois a 12 anos de prisão.

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