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Ex-policial que comandava casas de exploração infantil é preso no Rio

Alzemar da Conceição dos Anjos é apontado como o chefe da quadrilha e também dono de três casas de exploração

Ainda segundo a polícia, a organização criminosa atuava de forma ordenada e tinha divisão de tarefas bem definidas (Polícia Civil/Wikimedia Commons)

Ainda segundo a polícia, a organização criminosa atuava de forma ordenada e tinha divisão de tarefas bem definidas (Polícia Civil/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 12h14.

Última atualização em 14 de agosto de 2018 às 12h24.

O ex-policial civil Alzemar da Conceição dos Anjos foi preso hoje (14) em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público (MP) para desbaratar uma quadrilha acusada de exploração sexual infantil nos municípios fluminenses de São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Alzemar é apontado como o chefe da quadrilha e também dono de três casas de exploração.

Escutas telefônicas foram utilizadas na investigação do MP e mostraram que os denunciados faziam exploração sexual de meninas. Há registros também de ocasiões em que o ex-agente alerta seus funcionários sobre a chegada da polícia e orienta que as meninas menores de 18 anos sejam retiradas da casa.

Segundo a polícia, era Alzemar dos Anjos que cuidava de todo o funcionamento da atividade ilícita. Ele fazia as contratações, controlava a parte financeira, determinava as funções dos demais denunciados, cuidava dos pagamentos dos salários e comissões, além da compra de bens de consumo.

Ainda segundo a polícia, a organização criminosa atuava de forma ordenada e tinha divisão de tarefas bem definidas. Segundo o MP, o grupo também utilizava armas de fogo para intimidar qualquer pessoa que oferecesse ameaça aos criminosos.

A ação tem o objetivo de prender ainda mais cinco suspeitos de integrar a quadrilha. Segundo o Ministério Público, essas pessoas seriam responsáveis por auxiliar nas atividades, fazendo o transporte das garotas, comprando mercadorias ou gerenciando as casas de exploração.

A quadrilha foi denunciada pelo MP pelos crimes de favorecimento à prostituição de menor de 18 anos, manutenção de estabelecimento onde ocorre exploração sexual e rufianismo - crime que consiste em tirar proveito da prostituição alheia.

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