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Ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral vira réu pela 26ª vez

Ex-governador é acusado de lavagem de dinheiro através da rede de restaurantes japoneses Manekineko; ele teria ocultado a propriedade de R$ 3,1 milhões

Sérgio Cabral: juiz destacou que o crime de lavagem de ativos foi verificado em 16 oportunidades distintas (Marcelo Fonseca / FolhaPress/Folha de S.Paulo)

Sérgio Cabral: juiz destacou que o crime de lavagem de ativos foi verificado em 16 oportunidades distintas (Marcelo Fonseca / FolhaPress/Folha de S.Paulo)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 20h23.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral virou réu pela 26ª vez, acusado de lavagem de dinheiro, através da rede de restaurantes japoneses Manekineko.

Além de Cabral, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), a mulher dele, Adriana Ancelmo, Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e Silva e Ítalo Garritano Barros.

Ao aceitar a denúncia e transformar os quatro citados em réus, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, destacou que o crime de lavagem de ativos, foi verificado em 16 oportunidades distintas, ocultado em quase dois anos e dissimulada a origem, natureza, disposição, movimentação e a propriedade de, pelo menos, 3,1 milhões de reais.

Segundo o juiz, o propósito era "distanciar ainda mais o dinheiro de sua origem ilícita, derivado de crimes de corrupção praticados pela organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral, mediante a emissão de notas fiscais falsas, relativas à prestação de serviços advocatícios inexistentes do escritório Ancelmo Advogados para o restaurante Manekineko".

De acordo com o MPF, a denúncia é resultado do desdobramento das operações Calicute e Eficiência, deflagradas para desbaratar esquema de corrupção e lavagem de capitais envolvendo diversas esferas do Poder Público.

A atual denúncia foi baseada em informações colhidas no acordo celebrado entre o MPF e o colaborador Ítalo Garritano.

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