Agnelo Queiroz: eles foram condenados por utilizarem os recursos do governo do DF para fortalecer a campanha de Agnelo à reeleição, em 2014 (Antonio Cruz/ABr)
Agência Brasil
Publicado em 28 de outubro de 2016 às 15h13.
Última atualização em 28 de outubro de 2016 às 15h14.
O ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) se tornou inelegível por oito anos, conforme decisão dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) por 4 votos a 3. O vice do petista, Tadeu Filipelli, e seu ex-secretário de Comunicação, o jornalista André Duda, também receberam a mesma sentença.
Os três foram condenados por utilizarem os recursos do governo do Distrito Federal (GDF) para fortalecer a campanha de Agnelo à reeleição, em 2014. Eles também devem pagar multa de R$ 30 mil cada um. Cabe recurso da decisão.
O presidente do TRE-DF, desembargador Romeu Gonzaga Neiva, que proferiu o voto de desempate pela condenação, escreveu em sua decisão que os acusados utilizaram a Agência Brasília, agência de notícias institucional do governo distrital, em benefício próprio.
"As matérias ditas jornalísticas possuem notória conotação de publicidade efetivada para a divulgação de atos, obras e programas de governo", escreveu Gonzaga Neiva. A defesa de Agnelo alega que os conteúdos tinham caráter apenas informativo e jornalístico.
Em 2014, a chapa formada por Agnelo e Filipelli não conseguiu votos suficientes para ir ao segundo turno, que foi disputado por Rodrigo Rollemberg (PSB), atual governador eleito, e Jofran Frejat (PR).
O ação no TRE foi movida pela coligação Somos Todos Brasília, de Rollemberg, e alega que a página oficial e a conta no Facebook do GDF foram utilizadas por Agnelo para realizar "publicidade vedada de serviços não essenciais".
A decisão do TRE-DF possui efeito imediato, mesmo em caso de pedido de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).