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Ex-diretor da Petrobras é preso pela PF em aeroporto do Rio

Nestor Cerveró foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, de um voo proveniente de Londres


	Nestor Cerveró: a Lava Jato informou que havia indícios de que Cerveró não só poderia atuar para ocultar patrimônio como dificultar as investigações
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Nestor Cerveró: a Lava Jato informou que havia indícios de que Cerveró não só poderia atuar para ocultar patrimônio como dificultar as investigações (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 10h11.

Rio - A Polícia Federal prendeu na madrugada de hoje, logo depois da meia-noite, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Acusado de envolvimento na Operação Lava Jato, ele foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, de um voo proveniente de Londres. A informação foi confirmada à GloboNews por seu advogado de defesa, Edson Ribeiro, e a PF.

O advogado disse que não tinha conhecimento da fundamentação da prisão preventiva. Ribeiro afirmou que foi informado da prisão do ex-diretor da Petrobras pelo próprio Cerveró.

Segundo o advogado, seu cliente prestaria depoimento amanhã no Rio como testemunha em um inquérito que apura vazamento de informações da CPI mista da Petrobrás.

"Desconheço a fundamentação da prisão preventiva. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal estavam informados da viagem do meu cliente para a Inglaterra", disse Ribeiro. O advogado confirmou que o ex-diretor será encaminhado hoje para Curitiba, onde tramita o processo da Lava Jato.

Em nota divulgada nesta madrugada, a Lava Jato informou que havia indícios de que Cerveró não só poderia atuar para ocultar patrimônio como dificultar as investigações.

Cerveró é acusado de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012, conforme a denúncia aceita em 17 de dezembro pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância.

Foi a última denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal na sétima fase da operação. Além de Cerveró, passaram a ser réus no processo: Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal; e Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal.

Além deles, a Justiça também aceitou a denúncia contra o doleiro Alberto Youssef, que já virou réu em outras ações. Além de Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa é alvo de cinco ações.

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