Paulo Roberto Costa: processo que investiga diretor foi reencaminhado ontem para a 13ª Vara (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 18h03.
Rio - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso novamente pela Polícia Federal (PF) na tarde desta quarta-feira.
Ele estava na casa dele, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), devido a uma ordem de prisão preventiva expedida pela 13ª Vara Federal de Curitiba. O ex-diretor também teve bloqueada uma conta na Suíça no valor de US$ 23 milhões.
O bloqueio foi solicitado pelo ministério público da Suíça, de acordo com o Tribunal Federal do Paraná.
O processo que investiga o diretor e suas relações com o doleiro Alberto Youssef foi reencaminhado ontem para a 13ª Vara, após análise do Supremo Tribunal Federal (STF).
O juiz responsável pelo caso, Sérgio Moro, já agendou três audiências para dar prosseguimento às investigações do caso.
Costa permanece detido na Superintendência da PF no Rio. Ele será conduzido a Curitiba de avião.
A PF ainda não decidiu se usará o avião da corporação ou se vai transportar o ex-diretor da Petrobras em avião de carreira.
Acusado de participar de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões em parceria com Youssef, Costa é investigado pela Polícia Federal, que pediu a prisão.
A alegação é de que em liberdade o ex-diretor da Petrobras estava destruindo provas. Costa já havia sido preso em 20 de março e ficou 59 dias detido.
Em maio, entretanto, o ex-diretor da Petrobras foi o único libertado por determinação do ministro do STF, Teori Zavascki, atendendo à solicitação dos advogados de Costa.
O ministro argumentou que havia citação, no inquérito, a deputados com foro privilegiado e, portanto, o processo deveria tramitar no Supremo.
Em sessão ontem, o Tribunal entendeu que o processo poderia ser desmembrado, como defendia o juiz Sérgio Moro.
Ontem, em depoimento na CPI do Senado sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, Costa afirmou que não sabia da ação de Youssef como doleiro.
A investigação da Polícia Federal, entretanto, indicou que os dois possuíam diferentes empresas de fachada sediadas no mesmo endereço, em São Paulo.
A investigação começou em Curitiba porque Youssef atuava no Paraná. Ele está preso na Superintendência da PF em Curitiba desde a deflagração da operação, no dia 17 de março.