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Ex-deputada Flordelis é presa na própria casa em Niterói

Ela é acusada de mandar matar ex-marido, o pastor Anderson do Carmo

Deputada Flordelis é acusada de ser mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo, morto a tiros em 2019. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Deputada Flordelis é acusada de ser mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo, morto a tiros em 2019. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de agosto de 2021 às 19h50.

Última atualização em 13 de agosto de 2021 às 19h54.

A ex-deputada federal Flordelis dos Santos Souza foi presa às 18h40 desta sexta-feira, 13, em sua casa, em Niterói (Região Metropolitana do Rio). Ela é acusada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) de ser a mandante do assassinado do marido o pastor Anderson do Carmo de Souza, ocorrido em 2019. A ordem de prisão foi determinada pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói (Região Metropolitana do Rio), onde o processo tramita.

Ao ser detida, ela gravou um vídeo, divulgado em suas redes sociais, em que repete que é inocente. "Olá, gente, chegou o dia que ninguém desejaria chegar. Estou indo presa por algo que eu não fiz, por algo que eu não pratiquei. Eu não sei para quê, mas estou indo com força e com a força de vocês. Orem por mim. Orem, orem. Uma corrente de oração na internet. Busquem a Deus, está bom? Um beijo, amo vocês", diz Flordelis no vídeo.

Em agosto de 2020, Flordelis e outras dez pessoas foram denunciadas pelo assassinato do pastor Anderson. Na época, Flordelis não teve sua prisão pedida por dispor de imunidade parlamentar. Na última quarta-feira, 11, a Câmara dos Deputados cassou o mandato de Flordelis, por quebra de decoro parlamentar. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara na última quinta-feira, 12, o que tornou oficial a cassação. Em seguida, o MP-RJ pediu a prisão da ex-parlamentar.

Pedido de prisão

Ministério Público do estado do Rio de Janeiro pediu nesta sexta-feira, 13, a prisão preventiva da ex-deputada federal.

A investigação durou mais de um ano e os responsáveis pelo inquérito concluíram que a parlamentar "foi a autora intelectual a grande cabeça desse crime". Ela, que sempre negou ser a mandante do crime, é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Ela tem sido monitorada por tornozeleira eletrônica desde o ano passado.

“Com a perda do mandato de parlamentar, a situação jurídica da ré deve ser revista, para sanar a desproporcionalidade que havia entre as medidas cautelares impostas e os fatos imputados e as condutas que a ré praticou para interferir na instrução e se furtar no momento da aplicação da lei penal”, aponta o pedido de prisão encaminhado à 3ª Vara Criminal de Niterói.

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