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Ex-comandante do Exército diz não saber motivo pelo qual foi demitido por Lula

'Tem que perguntar para quem exonerou', disse Júlio Cesar de Arruda prestou depoimento no STF como testemunha em ação da trama golpista

O general Júlio Cesar de Arruda durante cerimônia  (Alan Santos/Presidência/11-09-2020)

O general Júlio Cesar de Arruda durante cerimônia (Alan Santos/Presidência/11-09-2020)

Agência o Globo
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Publicado em 22 de maio de 2025 às 12h06.

O ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda afirmou nesta quinta-feira, 22, que não sabe o motivo de sua exoneração no cargo, determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após 21 dias de governo. De acordo com Arruda, a pergunta sobre o motivo de sua saída deve ser feita a quem o nomeou e exonerou.

— Não sei. Essa pergunta eu acho que não cabe ser feita a mim. Tem que fazer a quem me nomeou e quem me exonerou.

A declaração foi feita em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. Arruda foi indicado como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do tenente-coronel Mauro Cid.

Arruda foi o primeiro comandante do Exército no governo Lula, mas foi demitido em 21 janeiro de 2023. Um dos motivos para a exoneração foi a resistência em revogar a indicação de Cid para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, uma unidade de elite do Exército. A nomeação foi revista pelo seu sucessor e atual comandante, Tomás Paiva.

O general também foi criticado dentro do governo federal por ter resistido tanto à retirada do acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército quanto à prisão imediata dos integrantes desse acampamento após os atos golpistas. A prisão só ocorreu na manhã seguinte.

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