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Ex-Casa Civil do Rio recebeu R$ 1,56 mi em propinas, diz MPF

Régis Fichtner teria usado o seu cargo de chefe da Casa Civil para favorecer empresas específicas de outros integrantes da organização criminosa de Cabral

Sérgio Cabral: operação foi batizada de C'est fini, em referência ao fim da "Farra dos Guardanapos" em Paris (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Sérgio Cabral: operação foi batizada de C'est fini, em referência ao fim da "Farra dos Guardanapos" em Paris (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 08h43.

Rio de Janeiro - A 7ª Vara Federal Criminal do Rio determinou a prisão preventiva do ex-secretário da Casa Civil do Rio Régis Fichtner, braço direito do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), na manhã desta quinta-feira, 23.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Fichtner teria recebido R$ 1,56 milhões em vantagens indevidas.

No esquema, de segundo a Promotoria, Fichtner teria usado o seu cargo de chefe da Casa Civil para favorecer empresas específicas de outros integrantes da organização criminosa de Sérgio Cabral.

De acordo com a denúncia do MPF, as investigações tiveram como base os depoimentos de Luiz Carlos Bezerra, operador de Cabral, que admitiu que as anotações feitas em suas agendas apreendidas pela Polícia Federal referiam-se à contabilidade paralela da organização liderada pelo ex-governador, que está preso. Nestas anotações, constam os codinomes "Regis", "Alemão" e "Gaúcho", que seriam referências a Regis Fichtner.

A operação foi batizada de C'est fini, em referência ao fim da "Farra dos Guardanapos", como ficou conhecida a reunião de luxo em Paris, que teve a participação de secretários de Cabral e empresários com contratos com o Estado.

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