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EUA vão retomar compra de carne brasileira, diz Rossi

A suspensão da importação da carne bovina brasileira pelos EUA ocorreu em 27 de maio de 2010

Estande de carnes em supermercado (Germano Luders/EXAME)

Estande de carnes em supermercado (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2010 às 13h58.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, informou hoje que os Estados Unidos autorizaram, a partir da próxima segunda-feira (dia 27), a retomada das exportações brasileiras de carne bovina processada, cozida e congelada, que estavam suspensas há sete meses. "A partir de segunda-feira retomaremos a exportação, o que é uma vitória para o País depois de cumprirmos todas as exigências", disse Rossi à Agência Estado.

O mercado calcula que as exportações brasileiras deste tipo de carne movimentem US$ 250 milhões por ano para os Estados Unidos. Com o embargo, as exportações da carne industrializada brasileira caíram 22% em 2010.

A suspensão da importação da carne bovina brasileira pelos EUA ocorreu em 27 de maio de 2010, após a acusação sobre excesso de resíduo do antibiótico ivermectina em cargas recebidas do Brasil e recolhimento de carregamentos. A partir daí, algumas missões foram feitas de técnicos norte-americanos a frigoríficos brasileiros e uma longa tratativa sanitária precisou ser realizada para a retomada das exportações.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, a discussão entre os dois países obrigou o Brasil a ampliar o sistema de avaliação de risco, com a redução dos níveis de resíduos da ivermectina na carne. "Nós seguíamos o padrão que permitia até 100 partes por bilhão (ppb) de ivermectina na carne, enquanto os Estados Unidos exigiam 10 ppb", disse Jardim à Agência Estado.

Ainda de acordo com o secretário, a carne que será exportada a partir de segunda-feira para os Estados Unidos terá menos de 10 ppb de ivermectina. "É uma ótima notícia de final de ano", concluiu Jardim. Apesar de a carne bovina brasileira processada voltar ao mercado norte-americano, os EUA ainda não compram a carne in natura do País, maior exportador do mundo.

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