ARGENTINA: presidente argentino anuncia adiantamento de empréstimo do FMI / REUTERS | Marcos Brindicci
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2018 às 07h02.
Última atualização em 30 de agosto de 2018 às 07h43.
EUA flexibiliza tarifa de aço do Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou um alívio nas cotas de importação de aço para o Brasil e outros parceiros comerciais. Citando o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a agência de notícias Reuters informou que o aço brasileiro, da Coreia do Sul e da Argentina, além do alumínio argentino receberão alívio nas cotas de importação. “As companhias podem solicitar exclusões de produtos com base em quantidade insuficiente ou na qualidade disponível dos produtores de aço e ou alumínio dos EUA”, disse o Departamento do Comércio. “Nesses casos, uma exclusão da cota pode ser concedida e nenhuma tarifa seria devida.”
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Supremo adia decisão sobre terceirização
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou novamente nesta quarta-feira a conclusão do julgamento sobre a constitucionalidade da terceirização da contração de trabalhadores para a atividade-fim das empresas. O julgamento foi iniciado há duas semanas e será retomado amanhã (30), na quinta sessão seguida que será realizada para julgar o caso. O placar do julgamento está em 5 votos a 4 a favor da terceirização. Faltam os votos do ministro Celso de Mello e da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. Na sessão desta tarde, somente os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio votaram sobre a questão. Gilmar Mendes votou a favor da terceirização da atividade-fim por entender que o Estado não pode realizar o controle do mercado de trabalho. Marco Aurélio entendeu que a prática da terceirização é ilegal. Segundo o ministro, a jurisprudência da Justiça trabalhista que impede a terceirização está em vigor há mais de 30 anos.
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Alckmin e a corrupção
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, passou por uma sabatina na noite dessa quarta-feira (29) no Jornal Nacional. Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos tentaram contemplar diversos temas durante a entrevista, como saúde, violência, habitação e transporte público, mas os casos de corrupção envolvendo o PSDB e seus aliados foram o centro do debate, tomando boa parte dos 27 minutos de entrevista. O candidato tucano foi questionado sobre o apoio do PTC de Fernando Collor ao PSDB e sobre a presença dos investigados Aécio Neves e Eduardo Azeredo (este último, também condenado) no partido. Alckmin respondeu que dá apoio total à Lava Jato e que espera que quem for julgado culpado seja punido. Quando o assunto foi segurança pública, os apresentadores da Globo questionaram o fato de o PCC ter nascido em São Paulo e ter se espalhado pelo restante do Brasil e até para o exterior. Alckmin negou falha na política de segurança durante seu governo estadual, citando a queda nos números de assassinatos em São Paulo.
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A irresponsabilidade de Temer
Está aberta a caixa de bondades no governo Temer. O presidente decidiu acatar a proposta de acordo do Supremo Tribunal Federal (STF) para o reajuste de 16,38% dos salários do Judiciário. O presidente concordou em conceder o reajuste em troca do fim do auxílio-moradia para a magistratura federal — benefício mensal de 4.700 reais para os juízes. Com o acordo, os ministros do Supremo garantiram aumento salarial de 33.700 para 39.200 — aprovado por eles mesmos. Segundo o Planalto, a medida já está em análise pelos técnicos do Ministério do Planejamento, que entregarão o Orçamento do próximo ano ao Congresso nesta sexta-feira (31) com a previsão de reajuste. Além disso, Temer não vai mais propor ao Congresso o adiamento dos reajustes de servidores do Executivo de 2019 para 2020. A medida, que representaria uma economia de 6,9 bilhões de reais aos cofres públicos, era considerada essencial pela equipe econômica para reduzir despesas obrigatórias no Orçamento do ano que vem e abrir espaço para bancar gastos com custeio de ministérios.
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A polêmica das senhas
Em entrevista à Rádio Jornal, do Recife, o presidente Michel Temer afirmou que o governo estuda limitar a entrada de venezuelanos no Brasil por meio do uso de senhas. “Eles pensam em, quem sabe, colocar senhas de maneira que entrem 100, 150, 200 por dia e cada dia entre um pouco mais para organizar essas entradas”, afirmou Temer. Diante da repercussão da declaração, que gerou mal-estar no Palácio do Planalto, a secretaria de comunicação social da Presidência da República divulgou uma nota corrigindo a informação dada por Temer. Segundo o documento, a eventual distribuição de senhas “visa a aprimorar um processo de atendimento humanitário em Roraima, o que não pode ser confundido, em hipótese alguma, com fechamento à entrada de venezuelanos no Brasil”.
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Bolsonaro erra
Ao menos duas informações dadas pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante entrevista no Jornal Nacional, na terça-feira, estão erradas. O ex-deputado afirmou que foi realizado na Câmara dos Deputados um evento chamado “seminário LGBT infantil”, o que não ocorreu. Segundo checagem da VEJA, entre os dias 15 e 16 de maio de 2012, a Câmara promoveu a nona edição do Seminário LGBT, um evento periódico e com temática que muda a cada ano. Com o tema “Infância e Sexualidade”, o colóquio tratava do combate à violência contra crianças que não se encaixam em papéis tradicionais de gênero, como meninos que não jogam futebol ou meninas que não gostam de brincar de boneca. O lema era “Todas as infâncias são esperança”. A segunda informação dada por Bolsonaro é de que o livro infantil “Aparelho Sexual e Cia.” faria parte do projeto do governo federal Escola Sem Homofobia – chamado jocosamente de “kit gay” pelo presidenciável. O livro, no entanto, é um título internacional e nunca foi distribuído em escolas pelo MEC (Ministério da Educação). Checagem da Folha de S.Paulo informa que a Fundação Biblioteca Nacional, ligada ao Ministério da Cultura, comprou, em 2011, 28 exemplares do título, que foram distribuídos em bibliotecas públicas —não nas escolas.
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Inadimplência cai, spread permanece
A taxa de inadimplência no crédito livre passou de 4,4% em junho para 4,3% em julho, informou o Banco Central nesta quarta-feira (29). Em julho de 2017, a taxa estava em 5,6%. Para pessoa física, a taxa de inadimplência seguiu em 5,0%. Para as empresas, a taxa passou de 3,7% para 3,4%. A inadimplência do crédito direcionado passou de 1,5% em junho para 1,6% em julho. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência seguiu em 3,0% de junho para julho. O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 41,6% em junho ante 41,5% em maio. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento foi de 23,4% em junho ante 23,3% em maio. O spread bancário médio no crédito livre permaneceu em 29,4 pontos porcentuais em julho, mesmo valor identificado em junho.
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FMI adianta, peso despenca
O governo da Argentina anunciou, nesta quarta-feira (29), que um adiantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) será usado para retomar a confiança dos mercados. Com isso, os 50 bilhões de dólares que seriam concedidos em três anos a partir de 2019 serão enviado ao país ainda neste ano. Segundo o presidente argentino, Mauricio Macri, a decisão tem como objetivo “eliminar qualquer incerteza que tenha surgido em torno do agravamento do contexto internacional”. O primeiro empréstimo, de 15 bilhões de dólares, foi concedido em junho, e já foi enviado pelo FMI. Segundo o governo argentino, foi usado para reforçar as verbas orçamentárias e as reservas do Banco Central argentino. Já a segunda remessa, terá, segundo o próprio governo argentino afirmou, “caráter precatório”. A notícia abalou ainda mais o prestígio do governo Macri e fez o peso cair 7,6% em relação ao dólar, na maior queda em um único dia desde dezembro de 2015.