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EUA começam enviar brasileiros ilegais ao México para aguardar audiências

Autoridades dos Estados Unidos afirmam que cerca de 17,9 mil brasileiros passaram pela fronteira americana desde outubro de 2018

EUA: medida faz parte do programa de imigração de Trump (Adria Malcolm/Reuters)

EUA: medida faz parte do programa de imigração de Trump (Adria Malcolm/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de janeiro de 2020 às 20h43.

Washington — Os Estados Unidos começaram a enviar imigrantes brasileiros que cruzaram a fronteira do México de volta para lá para aguardar as audiências de cortes nos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês).

Os brasileiros serão enviados ao México sob um programa conhecido como Protocolos de Proteção a Imigrantes (MPP). Mais de 57 mil imigrantes não mexicanos foram devolvidos ao México sob esse projeto desde que foi lançado há um ano, segundo o departamento.

O programa é uma das várias medidas da administração do presidente norte-americano, Donald Trump, para limitar o acesso ao asilo na fronteira EUA-México. Trump busca a reeleição em novembro e tem feito da imigração o foco de sua campanha de 2020.

O DHS citou um número crescente de brasileiros presos na fronteira em seu anúncio na quarta-feira.

A Patrulha da Fronteira dos EUA capturou cerca de 17.900 brasileiros na fronteira sudoeste no último ano fiscal, que começou em 1º de outubro de 2018. O número representa um forte aumento em relação as 1.500 prisões do ano anterior.

A Reuters informou pela primeira vez no início deste mês que o governo Trump tinha avaliado incluir brasileiros no programa MPP.

O programa previamente já envolvia imigrantes de língua espanhola. Mas a adição de imigrantes do Brasil, onde o português é a língua oficial, amplia ainda mais seu alcance.

Rogelio Pinal, chefe do escritório de direitos humanos em Juárez, México, disse que os brasileiros que cruzam a fronteira em El Paso, Texas, e são enviados para esperar em Juárez serão levados para um abrigo de imigrantes administrado pelo governo federal e terão um intérprete.

O DHS disse em seu anúncio que a lei federal dos EUA não limitava o escopo do programa a nenhuma nacionalidade ou idioma.

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