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Estupro reflete o que acontece fora da USP, diz reitor

Marco Antonio Zago disse que a instituição tem tomado todas as medidas necessárias para investigar as denúncias de violência entre alunos


	Marco Antonio Zago: segundo o reitor, violência acontece dentro da USP como em qualquer outro local da sociedade
 (Cecilia Bastos/USP Imagens)

Marco Antonio Zago: segundo o reitor, violência acontece dentro da USP como em qualquer outro local da sociedade (Cecilia Bastos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 21h14.

São Paulo - O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, disse nesta segunda-feira, 24, que a instituição tem tomado todas as medidas necessárias para investigar as denúncias de violência entre alunos, como as de abusos sexuais na Faculdade de Medicina (FMUSP).

Segundo ele, a violência acontece dentro da USP como em qualquer outro local da sociedade.

As denúncias, para Zago, "devem ser tratadas com a devida atenção, tanto pela universidade, por seus aspectos educativos, quanto pelo Ministério Público, no que diz respeito a crimes".

Após a repercussão negativa dos relatos de estudantes, a condução da crise tem ficado a cargo da direção da FMUSP. A reitoria diz respeitar a autonomia da unidade e evita se manifestar sobre o caso.

Ainda segundo Zago, a reitoria não está "absolutamente" sendo omissa na apuração dos casos e "tudo que a universidade pode fazer, ela deve fazer e está fazendo". O dirigente não detalhou, porém, quais foram as providências tomadas.

Zago disse que os episódios refletem a insegurança que há fora dos muros da USP. "A Universidade de São Paulo, por sua enorme extensão e tamanho, tem ocorrências como em qualquer local da sociedade", afirmou, após um seminário sobre os 80 anos da instituição.

Apuração

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) realiza nesta terça-feira, 25, a segunda audiência pública sobre denúncias de violência sexual na FMUSP.

O diretor da unidade, José Otávio Costa Auler Junior, convidado novamente a comparecer, já informou que não vai. Ele quer esperar a reunião da congregação, órgão máximo da faculdade, para se manifestar.

Na semana retrasada, duas alunas relataram, na primeira audiência pública, terem sido estupradas em festas da faculdade. O Ministério Público investiga pelo menos oito casos de estupro ocorridos na unidade.

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