Brasil

Estupradores riam o tempo todo, diz namorado de vítima

Durante audiência hoje, no Rio, o namorado da vítima narrou detalhes do crime e reconheceu o terceiro preso. Os outros dois já haviam sido reconhecidos


	Copacabana: turista foi estuprada enquanto tomava uma van no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. 
 (Wikimedia Commons)

Copacabana: turista foi estuprada enquanto tomava uma van no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro.  (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 22h38.

Rio de Janeiro - O trio preso por estuprar uma norte-americana de 21 anos dentro de uma van no Rio de Janeiro, em 30 de março, ria e fazia comentários sarcásticos enquanto abusava da moça e agredia o namorado dela. Foi o que contou nesta terça-feira, durante audiência na 32ª Vara Criminal do Rio, o francês de 22 anos que namora a menina. Ele narrou detalhes do crime e reconheceu o terceiro preso. Os outros dois já haviam sido reconhecidos. O rapaz deve voltar quarta-feira (10) para a França.

"Eles riam sarcasticamente o tempo todo, principalmente quando faziam sexo e batiam nela. Quero deixar o Brasil o mais rápido possível, não quero mais voltar (ao País)", disse o rapaz, que se expressou em francês e foi auxiliado por uma intérprete. Segundo ele, a namorada foi estuprada pelo menos quatro vezes, e em alguns momentos foi abusada simultaneamente por dois criminosos. Ela já voltou para os Estados Unidos.

A promotora Márcia Colonese, que na segunda-feira (8) denunciou os três presos por estupro, sequestro relâmpago, corrupção de menores, extorsão e formação de quadrilha, afirma que a norte-americana foi estuprada oito vezes durante as horas em que permaneceu dominada pelos criminosos. Jonathan Froudakis de Souza, de 19 anos, cometeu quatro estupros, enquanto Wallace Souza Silva e Carlos Armando Costa dos Santos, ambos de 21, estupraram a vítima duas vezes.

Agora os advogados nomeados para defender o trio têm dez dias para apresentar a defesa deles. Durante a audiência desta terça eles pediram ao juiz que autorizasse a transferência dos presos, que estariam sendo agredidos por colegas de cela no presídio de Bangu 9, na zona oeste do Rio.

O homem a quem a norte-americana foi oferecida e que a recusou alegando que ela estava "muito estragada" foi identificado, segundo a promotora. É um traficante de São Gonçalo (Região Metropolitana do Rio) suspeito de ter participado de outros estupros cometidos pelo grupo. Segundo ela, o trio ofereceu a moça para ser abusada sexualmente em troca de dinheiro, mas o homem recusou. "A participação dele não foi quase nada, ele chegou perto da van e viu. Falou alguma coisa e foi embora. Mas tenho certeza de que ele fez parte de vários outros estupros", disse a promotora.

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), comentou nesta terça o caso. "Foi uma atrocidade, uma violência, um absurdo. Nossa polícia agiu rapidamente, prendendo os responsáveis, demonstrando que aqui não há impunidade. Graças a Deus, e a imprensa internacional registrou isso com muita responsabilidade, isso não é um crime comum no Rio e no Brasil." Cabral confirmou que na próxima sexta-feira serão inauguradas mais duas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), na Barreira do Vasco (zona norte) e no Caju (zona portuária).

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCrimecrime-no-brasilEstuproMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas