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Estudo sobre Previdência fica pronto em 2 semanas, diz Temer

Temer voltou a afirmar que a medida é prioridade para o governo após a aprovação da PEC do teto de gastos


	Michel Temer: o presidente argumentou que o déficit da Previdência é "assustador", em mais de R$ 100 bilhões este ano e que a projeção é de quase R$ 160 bilhões em 2017
 (REUTERS/Carlo Allegri)

Michel Temer: o presidente argumentou que o déficit da Previdência é "assustador", em mais de R$ 100 bilhões este ano e que a projeção é de quase R$ 160 bilhões em 2017 (REUTERS/Carlo Allegri)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 12h42.

São Paulo - O presidente Michel Temer anunciou na manhã desta quinta-feira, 6, que o governo vai ter estudos concluídos sobre a reforma da Previdência em uma ou duas semanas e que após esse período enviará uma proposta sobre o tema ao Congresso Nacional. 

Em entrevista à rádio Jovem Pan, Temer voltou a afirmar que a medida é prioridade para o governo após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que coloca um teto no crescimento dos gastos públicos.

O presidente rebateu o artigo escrito pelo presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, a quem chamou de "sindicalista consciente".

No artigo, Patah afirmou que a ideia de que há um déficit previdenciário no País é falsa. "Temos também que asfaltar o terreno. Estou chamando as centrais sindicais para uma conversa daqui a uma semana, depois com outros membros da sociedade e depois com líderes da Câmara e do Senado para não fazer uma coisa de cima para baixo, mas acertada e conhecida, pelo menos", afirmou Temer.

Ao rebater a tese de Patah, o presidente argumentou que o déficit da Previdência é "assustador", em mais de R$ 100 bilhões este ano e que a projeção é de quase R$ 160 bilhões em 2017.

"Jovens, que estão trabalhando, se vocês não ajudarem, não patrocinarem, quando bater à porta para se aposentarem, vocês não vão ter o que receber", disse Temer. Ele afirmou que o ajuste na Previdência não acontece "de um dia para o outro" e que a proposta vai produzir resultados "mais adiante".

Assim como está fazendo com a PEC dos gastos, Temer disse que seu governo vai promover uma campanha junto à população para sensibilizar a opinião pública sobre a necessidade da reforma previdenciária.

Teto dos gastos

Michel Temer disse, também, na entrevista, que é "quase segura" a aprovação na Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que coloca um teto no crescimento dos gastos públicos com base na inflação do ano anterior. O plenário da Casa deve votar o texto na próxima segunda-feira, dia 10.

O presidente afirmou que a articulação do governo com a base aliada e as campanhas para ganhar apoio popular à proposta dão segurança ao avanço do texto no Congresso.

"Tenho sensação, pelas reuniões com deputados, que há muita possibilidade de aprovação, eu posso dizer aliás que é quase segura a aprovação do teto de gastos", disse. Temer destacou que seis partidos declararam por conta própria o voto favorável à PEC como "questão fechada".

O presidente afirmou que não tem receio que uma desaprovação popular da ideia de congelamento de gastos públicos dificulte a tramitação da proposta.

"Ao longo do tempo a sociedade sempre cobrou que o Estado contivesse seus gastos públicos, o que não foi feito anteriormente. Resolvemos fazê-lo de uma maneira muito objetiva com essa PEC", comentou.

Ele se direcionou diretamente aos desempregados do País, afirmando que a medida vai gerar credibilidade e confiança para gerar investimentos e permitir a abertura de vagas de trabalho.

Temer reforçou que a campanha publicitária que começou a ser veiculada nesta quarta-feira, 5, para convencer a população da importância de conter os gastos é importante para o apelo popular. "Se a opinião popular for sensibilizada, isso também ajuda no voto do parlamentar", disse.

Temer citou uma pesquisa recebida revelando que se a medida tivesse sido tomada há quatro ou cinco anos, o País não teria o déficit público registrado hoje. "A proposta do teto de gastos tem previsão de 20 anos, revisável apenas no décimo ano, portanto estamos vendo o longo prazo", afirmou.

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