Brasil

Estudo vincula escolaridade a interesse por teste de HIV

O estudo foi feito com base nos dados do Centro de Referência e Treinamento

Apenas 6,9% dos que fizeram o exame estudaram por sete anos ou menos, o que significa não ter concluído nem mesmo o ensino fundamental (CDC USA)

Apenas 6,9% dos que fizeram o exame estudaram por sete anos ou menos, o que significa não ter concluído nem mesmo o ensino fundamental (CDC USA)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 09h44.

São Paulo - Um estudo da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo vincula o nível de escolaridade ao interesse por teste preventivo de HIV da rede pública. Segundo o levantamento, pessoas com nível superior são as que mais procuram exame que pode detectar o vírus da Aids.

O estudo foi feito com base nos dados do Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids, unidade da pasta na zona sul da capital paulista. Das 5,6 mil pessoas que realizaram exames no CRT em 2011, 45,9% declararam ter estudado 12 anos ou mais, com ensino superior completo, e 37% estudaram durante oito a 11 anos.

Apenas 6,9% dos que fizeram o exame estudaram por sete anos ou menos, o que significa não ter concluído nem mesmo o ensino fundamental. Os demais não souberam informar por quanto tempo estudaram.

O estudo também aponta que 75% dos homens e 72% das mulheres que procuraram o serviço tinham entre 20 e 34 anos. O que já era esperado pela assistência da unidade, por ser a faixa em que há maior variação de parceiros, normalmente.

Segundo Maria Filomena Cernicchiaro, gerente de Assistência do CRT, traçar o perfil do público que busca o teste de HIV é fundamental para que o centro possa aperfeiçoar seu trabalho de abordagem, especialmente do público com baixo nível de escolaridade.

A Secretaria promove anualmente campanhas de testes nos municípios paulistas. Em novembro do ano passado cerca de duas mil unidades de saúde em todo o Estado realizaram, durante uma semana, mais de 100 mil exames em 455 municípios paulistas. Além disso, o teste de HIV está disponível na rotina dos Centros de Aconselhamento e Testagem espalhados pelo Estado, e é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Ainda segundo os dados, em 54,12% dos casos, o motivo da procura foi a exposição a situações de risco. A justificativa mais comum para o não uso do preservativo foi a confiança no parceiro, citada por 7,34% dos que declararam ter parceiros eventuais e por 30,98% dos que declararam ter parceiro fixo.

Acompanhe tudo sobre:Aidscidades-brasileirasDoençasEducaçãoEpidemiasMetrópoles globaissao-pauloSaúde

Mais de Brasil

Ex-vice presidente da Caixa é demitido por justa causa por assédio sexual

Alíquota na reforma tributária dependerá do sucesso do split payment, diz diretor da Fazenda

Reforma tributária: governo faz 'terrorismo' para impedir novas exceções, diz senador Izalci Lucas

Linhas 8 e 9 começam a disponibilizar Wi-Fi gratuito em todas as estações; saiba como acessar