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Estudo mostra que Brics receberam 20% do IED global

É a primeira vez que a participação do grupo atingiu o patamar. Há pouco mais de dez anos, em 2000, o mesmo grupo era destino de 6% do fluxo anual do IED


	Quase metade dos recursos para os Brics foi para a China, que recebeu 46% dos US$ 263 bilhões. Em seguida, o Brasil atraiu 25% dos recursos
 (REUTERS/Petar Kujundzic)

Quase metade dos recursos para os Brics foi para a China, que recebeu 46% dos US$ 263 bilhões. Em seguida, o Brasil atraiu 25% dos recursos (REUTERS/Petar Kujundzic)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 17h48.

Londres - O grupo dos grandes países emergentes conhecido como Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - atraiu pela primeira vez o equivalente a 20% de todo o Investimento Estrangeiro Direto (IED) global em 2012.

A constatação faz parte de um estudo especial da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Segundo o levantamento, o investimento produtivo para os cinco países alcançou US$ 263 bilhões no ano passado. A cifra representa 20% de todo o fluxo de IED global.

É a primeira vez que a participação do grupo atingiu o patamar. Há pouco mais de dez anos, em 2000, o mesmo grupo era destino de 6% do fluxo anual do IED.

Quase metade dos recursos para os Brics foi para a China, que recebeu 46% dos US$ 263 bilhões. Em seguida, o Brasil atraiu 25% dos recursos. Rússia teve 17%, Índia recebeu 10% e a África do Sul, os 2% restantes.

"O fluxo de IED para os Brics permaneceu com relativa resiliência durante a crise quando comparado a outros países com uma queda nos fluxos de 30% em 2009, menos que a queda de 40% nas economias desenvolvidas. Também registrou uma recuperação mais rápida para os níveis recordes", diz o relatório da Unctad. Com o crescimento dos últimos anos, o estoque total de IED nos países do grupo atingiu 11% do total global, diz o estudo.

Além dos Brics, a Unctad chama atenção para o fato de que todos os demais emergentes também têm atraído mais investimentos produtivos. "Desde 2010, as economias em desenvolvimento e transição têm absorvido mais da metade do fluxo global de IED", destaca o documento.

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