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Estudo mostra que 252 cidades podem receber voos diretos

Em 172 dessas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação


	Secretaria de Aviação Civil: em 172 dessas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação
 (AFP)

Secretaria de Aviação Civil: em 172 dessas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 13h43.

Brasília - Apesar do crescimento doméstico nos últimos anos, pelo menos 252 cidades brasileiras ainda têm mercado potencial para receber voos diretos diários de 112 passageiros, de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira, 22, pela Secretaria de Aviação Civil (SAC).

O estudo mostrou que esses municípios podem receber rotas aéreas com pelo menos 50% de ocupação das aeronaves. De acordo com a SAC, em 172 dessas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação.

Entre os voos com potencial de demanda diária estão as rotas Rio de Janeiro - Vila Velha (ES) e Macaé (RJ) - Santos, que ainda não recebem voos regulares. Os passageiros ouvidos pela SAC também gostariam de ver criadas rotas diretas como Blumenau (SC) - São Paulo e Campo Grande - Rio de Janeiro.

O levantamento comprova que o Estado de São Paulo é a origem e o destino da maioria dos passageiros brasileiros. O aeroporto de Guarulhos é o mais influente do país: chegaram ou partiram dele pessoas de 312 diferentes municípios.

Em segundo lugar está o aeroporto de Viracopos, em Campinas, que recebeu passageiros de 282 cidades. Em quinto lugar aparece Congonhas, com usuários indo ou voltando de 212 municípios.

Em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a SAC entrevistou mais de 150 mil passageiros em 2014 com um questionário de 70 perguntas.

A pesquisa foi feita nos 65 maiores aeroportos do país, responsáveis por 98% do fluxo aéreo nacional. Chamado de "O Brasil que Voa", o estudo traçou um perfil dos passageiros, aeroportos e rotas, mostrando que as pessoas que usam o modal de transporte vêm ou vão para 3.590 municípios, ou 64% das cidades brasileiras.

A pesquisa revelou ainda que 45% dos passageiros no ano passado tinha renda mensal entre dois e dez salários mínimos. A maioria das pessoas que voam no Brasil tem entre 31 e 45 anos, compra passagem com menos de um mês de antecedência e viaja para trabalhar ou estudar.

O estudo também aborda detalhes dos hábitos dos passageiros como o trajeto até o aeroporto, feito sobretudo por táxi, e o gasto médio de R$ 50 nos terminais até a chamada final para o voo.

A partir dos questionários, a SAC montou um banco de dados com 10,5 milhões de repostas que serão usadas pelo órgão para desenvolver estratégias e políticas públicas para o setor.

Em 2014, foram 199,3 milhões de viagens aéreas no país, e a previsão é de que a movimentação anual de passageiros chegue a 600 milhões em 2034.

O ministro da SAC, Eliseu Padilha, destacou a "democratização da passagem aérea", uma vez que o estudo mostrou que diversas classes sociais voaram em 2014. Entre 2004 e 2014, o número de passageiros no país cresceu 170% e o preço dos bilhetes aéreos caiu 48%. "O avião não é mais coisa de gente rica", enfatizou.

O ministro lembrou ainda que foram investidos R$ 15,6 bilhões no setor nos últimos cinco anos e citou o Programa de Aviação Regional que estaria pronto para ser implantado.

"Temos conseguido fazer que os investimentos do setor privado sejam feitos e alguns dos nossos parceiros inclusive já fizeram mais investimentos do que o planejado porque perceberam que haveria retorno", relatou.

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