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Estudantes protestam contra desvios na merenda em São Paulo

Eles reivindicam melhorias na educação e punição quanto aos desvios na merenda escolar


	Protesto: eles reivindicam melhorias na educação e punição quanto aos desvios na merenda escolar
 (Rovena Rosa/ Agência Brasil)

Protesto: eles reivindicam melhorias na educação e punição quanto aos desvios na merenda escolar (Rovena Rosa/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2016 às 11h04.

São Paulo - Alunos de escolas estaduais e do ensino técnico fazem uma manifestação no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.

Eles reivindicam melhorias na educação e punição quanto aos desvios na merenda escolar. A concentração do protesto começou às 8h.

Os estudantes planejam fazer uma caminhada pela região central, seguindo pela rua da Consolação, mas a Polícia Militar informou, às 10h, que não permitirá obstrução de vias.

De acordo com a PM, caso os alunos façam o bloqueio de qualquer rua ou avenida da cidade por mais de 10 minutos, os policiais usarão da força para retirá-los.

Gustavo Falzone, 17 anos, estudante da escola técnica Guaracy Silveira, explica que o ato é unificado entre as escolas técnicas e secundaristas.

“Uma coisa igual nas duas é a falta de merenda. Na escola técnica nunca teve, mas nas escolas estaduais está começando a acabar. Na minha escola nunca teve merenda, mas há promessa da merenda seca. Queríamos almoço”, disse ele.

Maria Eduarda Gomes da Silva, de 16 anos, é aluna escola estadual Manuel Ciridião Buarque. Ela lembra que os protestos atuais são uma continuidade das ocupações ocorridas no ano passado contra o fechamento de escolas.

“A educação ainda está muito precarizada. A manifestação de hoje é pelas merendas e contra o fechamento de salas, mas também por uma educação de qualidade, o que não temos”, disse ela.

Fraudes

Uma força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público investiga, na Operação Alba Branca, deflagrada no dia 19 de janeiro, um esquema de fraude na compra de merenda escolar de prefeituras e do governo paulista.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, as fraudes na contratação da merenda, ocorridas entre 2013 e 2015, chegam a R$ 7 milhões, dos quais R$ 700 mil foram destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.

De acordo com o Gaeco, os crimes envolvem 20 municípios: Americana, Araras, Assis, Bauru, Caieiras, Campinas, Colômbia, Cotia, Mairinque, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Novaes, Paraíso, Paulínia, Pitangueiras, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, Santa Rosa de Viterbo, Santos e Valinhos.

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