Brasil

Estudantes ocupam 8ª escola de GO contra terceirização

Estudantes de Goiás ocupararam mais quatro escolas públicas na região metropolitana do estado, segundo a Secretaria de Educação e a organização do movimento


	Goiás: agora são oito as unidades ocupadas pelos alunos contrários às propostas de reforma que terceirizam a adminitração das instituições de ensino estaduais
 (Victor Camilo/Flickr/Creative Commons)

Goiás: agora são oito as unidades ocupadas pelos alunos contrários às propostas de reforma que terceirizam a adminitração das instituições de ensino estaduais (Victor Camilo/Flickr/Creative Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 18h17.

Estudantes de Goiás ocupararam hoje (14) mais quatro escolas públicas na região metropolitana do estado, segundo a Secretaria de Educação e a organização do movimento.

Agora são oito as unidades ocupadas pelos alunos contrários às propostas de reforma que terceirizam a adminitração das instituições de ensino estaduais.

De acordo com a secretaria, estão ocupadaso seis escolas em Gôiania, uma Aparecida de Goiânia e uma Anápolis, distante 60 quilômetros (Km) da capital do estado. Como as escolas estão em período de prova, os alunos fazem as avaliações em unidades próximas às ocupadas, sem prejudicar o fim do ano letivo.

As ocupações começaram na quarta-feira (9) pelo Colégio José Carlos de Almeida, após o governador Marconi Perillo autorizar formalização da parceria que transfere a gestão das escolas da rede estadual para organizações sociais, que são entidades privadas filantrópicas.

A intenção é que as entidades comecem a operar já no primeiro semestre de 2016.

A próxima etapa é a seleção das organizações sociais. Conforme a proposta, além de cuidar da adminstração e infraestrutura, as entidades privadas poderão contratar professores e funcionários administrativos. O quadro atual de concursados será mantido, mas novos profissionais também poderão ser escolhidos por elas.

Para os estudantes, a medida é negativa e a decisão de implantá-la foi feita sem diálogo com as escolas. Diretor da União Goiana dos Estudantes Secundaristas, Gabriel Tatico informou que a medida é uma privatização da educação pública. 

"O movimento estudantil organizado vai dialogar, mas não vamos retroceder. Queremos o fim desse projeto. Vamos parar quando houver um diálogo real de construção de uma nova perspectiva para a educação do estado, que não seja a terceirização ou a militarização".

Em nota divulgada sexta-feira (11), a Secretaria de Educação afirmou que o movimento é “extemporâneo, injustificável e desnecessário” e que a proposta de gestão compartilhada vai garantir que professores e diretores se dediquem exclusivamente ao ensino.

“As escolas permanecerão 100% públicas e gratuitas. Os professores efetivos terão todos os diretos assegurados e os recursos aplicados serão os mesmos."

Acompanhe tudo sobre:Educação no BrasilEscolasGoiás

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP