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Estudantes e educadores fazem ato pela democracia no Palácio

Os trabalhadores da área não vão aceitar mudanças que firam a Constituição brasileira, nem retrocessos na área educacional


	Democracia: os trabalhadores da área não vão aceitar mudanças que firam a Constituição brasileira, nem retrocessos na área educacional
 (Pilar Olivares / Reuters)

Democracia: os trabalhadores da área não vão aceitar mudanças que firam a Constituição brasileira, nem retrocessos na área educacional (Pilar Olivares / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 14h55.

Brasília - Com discursos em defesa da manutenção dos avanços na área educacional e de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, estudantes, professores e integrantes de movimentos da área de educação participaram hoje (12) de evento, no Palácio do Planalto, intitulado Encontro da Educação pela Democracia.

O presidente da Confederação Nacional pelos Trabalhadores na Educação (CNTE), Roberto Leão, disse que os trabalhadores da área não vão aceitar mudanças que firam a Constituição brasileira, nem retrocessos na área educacional.

“Queremos que esse governo e esse projeto político que mudou a vida de muitos brasileiros continue vigindo no nosso país. É contra esse projeto que se levantam vozes conservadoras que não aceitam que aqueles que habitavam os porões tenham posto sua cara para fora e queiram continuar na luz, sendo cidadãos de primeira categoria”, disse.

Leão afirmou que os trabalhadores da educação estão nas ruas gritando “não vai ter golpe” e, também, pedindo que se discuta a reforma da previdência e se cumpra efetivamente o Plano Nacional de Educação (PNE).

O evento ocorreu um dia após a comissão especial, na Câmara dos Deputados, ter aprovado parecer favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, destacou conquistas na área de educação ocorridas nos últimos anos, como o piso do magistério, as cotas nas universidades e a destinação de royalties do petróleo do pré-sal para a educação.

Ele também defendeu o respeito ao resultado das urnas das eleições de 2014.

“Esse jogo foi reafirmado nas eleições de 2014. Questionar os resultados de uma eleição popular, questionar o meu voto, eu não aceito, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação não aceita. Muitas vezes parece que se trata de uma defesa de governo, mas se trata estritamente da defesa de democracia, de um mandato constitucional e da Constituição de 1988”, disse.

A presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, (Andifes), Maria Lúcia Carvalho, disse que, nos últimos anos, a inclusão social pela educação se tornou uma realidade e trouxe ascensão social.

Para ela, o atual momento político do país requer a defesa da manutenção dos direitos e da democracia.

“A compreensão da gravidade do momento político pelo qual passa nosso país requer de todos nós a defesa intransigente dos princípios democráticos que regem a nossa atual política e a garantia da manutenção do Estado de Direito, e requer ainda nossa luta pela manutenção dos avanços e conquistas que obtivemos na educação do país”.

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, ressaltou que mais uma vez na história a UNE se coloca ao lado da luta democrática, e defendeu o mandato da presidente.

“Mais uma vez nos colocamos do lado da democracia e contra o impeachment da senhora, porque achamos que sem democracia não avançamos. Esse impeachment é um golpe, não só contra a democracia, mas também contra nossos direitos”, afirmou em seu discurso.

Participaram da cerimônia representantes de entidades como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), do Conselho Nacional de Educação (CNE) e Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG).

Estavam presentes os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.

Nas últimas semanas, a presidente Dilma recebeu manifestações de apoio de grupos de intelectuais e artistas, organizações feministas, integrantes de sindicados, de movimentos sociais e de juristas.

O último encontro, no Palácio do Planalto, ocorreu na semana passada, quando mulheres de diversos movimentos sociais, filósofas e parlamentares discursaram em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.

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