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Estudantes da USP protestam por cotas

Cerca de 150 estudantes fizeram um protesto na região central da capital paulista


	Aluno caminha pelo campus da USP no Butantã, em São Paulo
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Aluno caminha pelo campus da USP no Butantã, em São Paulo (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 21h45.

São Paulo - Cerca de 150 estudantes da Universidade de São Paulo (USP), segundo a Polícia Militar, fizeram um protesto na noite desta terça-feira, 24, na região central da capital paulista, a favor de cotas na instituição.

Até as 19h30, não havia nenhuma ocorrência e o grupo pretendia marchar até a Praça Roosevelt, no centro. Policiais militares acompanham o ato em bicicletas.

Os manifestantes se reuniram às 17h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e iniciaram a marcha quase uma hora e meia depois. Por volta das 19h20, o grupo descia a Rua da Consolação.

O protesto era pacífico. Com gritos, faixas e tambores, eles afirmam que a USP é elitista e reivindicam mais políticas de inclusão, como cotas no vestibular e reforço na assistência estudantil.

"A quantidade de negros na USP ainda é muito pequena, bem abaixo do que poderia ser caso a universidade seguisse a lei federal de cotas", afirmou Cristiane Alves Avelar, integrante do Núcleo de Consciência Negra da USP e aluna de Letras.

A lei federal de cotas prevê reserva de 50% das vagas, com distribuição proporcional de cadeiras para negros, pardos e indígenas de acordo com a população de cada Estado, nas instituições públicas federais até 2016.

A USP adotou sistemas de bonificação, mas recusou as cotas raciais e sociais.

Futebol.

A Pró-reitoria de Graduação, entretanto, já afirmou que pretende rediscutir neste ano as fórmulas de ingresso na instituição.

Sem entender exatamente as causas do protesto que tomava a Paulista, o turista belga Nordin Beniz, de 40 anos, fazia fotos da passeata dos alunos.

"Não é o que imaginávamos do Brasil. Pensávamos que o País inteiro parava para assistir ao futebol", disse.

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